Balaio de Notícias do Nolasco - 25/11
- Marcio Nolasco

- há 1 dia
- 3 min de leitura
Por Marcio Nolasco - Analista de Políticas Públicas -ENAP

No Noroeste do Paraná, em Cianorte cidadão que ficar doente ainda neste mês de novembro ou em dezembro, terá que esperar por atendimento somente para Janeiro nas clinicas especializadas que atendem a população pelo SUS. Segundo apuramos e com relatos das atendentes dessas clinícas os atendimentos estão suspensos já fazem algum tempo (desde outubro) pelo poder público, motivo, falta de verbas, então o jeito é sentar em alguma praça e esperar janeiro chegar...

Na Câmara Municipal de Cianorte ao que estamos acompanhando poderemos ter "surpresas" em sua composição de vereadores para o proximo ano corrente de 2026, é aguardar para ver!
Nacional:
Os argumentos de que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou retirar a tornozeleira eletrônica por conta de um surto causado por medicamentos não convenceram a Primeira Turma do STF. Por unanimidade os ministros confirmaram a decisão de Alexandre de Moraes de prender Bolsonaro preventivamente. Com isso, os bolsonaristas decidiram ir para o tudo ou nada no Congresso. A estratégia foi definida em uma reunião entre Michelle Bolsonaro e os filhos do ex-presidente: os vereadores Carlos (Republicanos-RJ), Jair Renan (PL-SC) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e parlamentares do partido. Flávio afirmou que a prioridade absoluta agora é fazer o projeto avançar na Câmara. Segundo ele, a oposição só trabalha com a aprovação da anistia e não aceitará negociar dosimetria das penas. “Nosso compromisso é com a anistia. O texto final vai a voto”, disse.
Em entrevista a Giullia Chechia, Carlos Bolsonaro reafirmou a tese de que seu pai sofreu um surto ao tentar violar a tornozeleira eletrônica. “Vocês mesmo da imprensa disseram que o presidente Bolsonaro não estava numa situação normal. Se ele realmente quisesse fugir, iria na correia [da tornozeleira], não na caixa”, disse.
Já a defesa de Bolsonaro partiu para uma estratégia arriscada, como conta Fausto Macedo. Os advogados não apresentaram novos embargos de declaração, que discutem pontos do acórdão e cujo prazo terminava à meia-noite de ontem. Em vez disso, devem entrar com embargos infringentes, que questionam a própria condenação. O problema é que a jurisprudência do STF é de não aceitar esse tipo de recurso, o que permitiria a declaração de trânsito em julgado ainda hoje e a transformação da prisão preventiva em definitiva.
No terceiro dia preso na Superintendência da PF em Brasília, Jair Bolsonaro parece começar a criar uma rotina. Na manhã desta segunda-feira, ele tomou sol no pátio interno, de bermuda e chinelo, sob supervisão de um policial. Chegou a conversar com o agente até a chuva encerrar o momento. Bolsonaro tem recusado as refeições da PF e adotado um cardápio mais leve, com alimentos trazidos por familiares.
A prisão de Bolsonaro não mudou o cenário político. Segundo dados da AP Exata, Lula e Bolsonaro seguem como polos opostos e iguais: ambos têm 66% de menções negativas e concentram cerca de 35% do volume das redes. A confiança nos dois também é idêntica, aparecendo em só 13% dos posts. Esse equilíbrio faz com que crises envolvendo um acabem desgastando o outro, repetindo a lógica de 2022. O episódio da tornozeleira eletrônica confirma isso: apesar do potencial de gerar um grande impacto político, a explicação médica ganhou força, minimizando a leitura de tentativa de fuga e transformando o caso em mais um ruído momentâneo.
Pedro Doria: “As coisas que aconteceram nos últimos três dias abrem uma janela imensa para compreendermos o fenômeno do bolsonarismo. E essa compreensão põe no centro do palco a pergunta mais importante que temos para fazer: o bolsonarismo está acabando de vez?”. Confira no Ponto de Partida.
Mesmo com a prisão de Bolsonaro, a semana não começou nada bem para o governo no Congresso. No Senado, a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar a vaga aberta no STF não foi bem recebida. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), respondeu com frieza à carta publicada por Messias com elogios ao senador. Segundo Alcolumbre, o Senado cumprirá sua missão e votará a indicação “no momento oportuno”. Mais tarde, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), reconheceu que há muita tensão na Casa e que a votação sobre o nome do AGU para o STF pode ficar apenas para o ano que vem.
Já na Câmara, azedou de vez a relação entre o líder do PT, deputado Lindbergh Farias, e o presidente da Casa, Hugo Motta.
Motta afirmou não querer “nenhum tipo de relação” com Lindbergh, que, segundo ele, age como se fosse líder do governo. Farias rebateu chamando Motta de “imaturo”.














Comentários