MOLEQUE MIMADO
- Nelson Guerra
- 25 de mar.
- 3 min de leitura
Trump acha-se dono da bola e quer decidir quem joga
Por professor Guerra, analista político
No grande campeonato do comércio internacional, onde nações disputam em jogos complexos de interesses e alianças, Donald Trump insiste em ser aquele garoto birrento que, dono da bola, acha que pode ditar as regras do jogo sozinho. Desta vez, resolveu chutar o tablado: impôs uma tarifa de 25% sobre qualquer país que ousar comprar petróleo ou gás da Venezuela, como se fosse um técnico raivoso punindo adversários por não seguirem seu esquema tático.

O Jogo Sujo do "Capitão América"
Trump, armado de acusações sem provas, alega que a Venezuela estaria "enviando criminosos" para os EUA – uma jogada de distração, como quem reclama do vento quando erra o passe. Sua verdadeira motivação é forçar o capitão rival, Nicolás Maduro, a abandonar o campo. Mas, em vez de jogar limpo, ele resolveu trancar o gramado, ameaçando expulsar quem trocar passes com a Venezuela.
Principalmente a China, mas também Índia e Turquia, grandes compradores do petróleo venezuelano, agora levam cartão amarelo só por manterem suas estratégias comerciais. É como se, no meio da “pelada”, o moleque dono da bola gritasse: "Quem passar para ele tá fora do jogo!" – ignorando que, no mundo real, ninguém precisa da sua permissão para negociar.
A Hipocrisia em Campo Aberto
Enquanto Trump aponta o dedo para a Venezuela, chamando-a de antidemocrática, ele faz gol de mão ao ignorar seus próprios aliados autoritários. A Arábia Saudita, por exemplo, segue recebendo abraços calorosos e contratos bilionários, mesmo com um histórico de repressão pior que o de Maduro. Onde está o critério? Parece aquela criança que muda as regras no meio do jogo só porque está perdendo.
A ONU e outras organizações já apitam a falta: sanções extraterritoriais como essa violam a soberania alheia. Mas Trump, como um juiz que também é jogador, finge não ouvir. Seu objetivo é desestabilizar a economia venezuelana até que o time adversário desista. O problema é que, nesse processo, o jogo todo pode descambar para uma briga generalizada.
O Efeito Degradê no Gramado Global
A Venezuela é o maior reservatório de petróleo bruto do mundo, e seu óleo abastece refinarias na Ásia, Europa e Américas. Ao tentar isolar o país, Trump não só prejudica a população venezuelana – já sofrendo com sanções e escassez – como aumenta o preço do combustível para todos. É como se, num jogo de futebol de rua, ele sorrateiramente furasse a bola para ninguém quer jogar.
A China, que compra meio milhão de barris por dia, não vai aceitar ficar de escanteio. Se Trump insiste em embargar o petróleo, Pequim pode simplesmente criar suas próprias regras, negociando em moeda chinesa ou do BRICS ou buscando rotas alternativas. E aí, o que era para ser um jogo de pressão política vira uma disputa por um novo campeonato, onde o dólar não é mais o troféu principal.
O Juiz do Jogo Final: A Economia Mundial
Enquanto Trump dá chilique no campo, economistas alertam: a inflação pode disparar, os preços do petróleo vão subir, e os consumidores de todo o mundo pagarão a conta. Juristas também entram em cena, lembrando que nenhum país tem o direito de ditar como os outros devem comerciar.
No fim, essa história parece aquela partida em que um só jogador quer mandar em tudo, mas acaba sozinho no campo, com a bola na mão e os outros indo embora. Será que Trump vai perceber que, no jogo global, ninguém ganha sozinho? Ou vai continuar sendo o moleque birrento que estraga a diversão de todos?
O apito já foi dado. O mundo está de olho, principalmente na reação do técnico do time chinês.
(professor Guerra, analista político)
texto bem escrito! Parabénssssss
Gostei do título kkkkkkk