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Fim de ano, época de confraternizar com amigos e confrarias.

Por Walber Guimarães Junior, engenheiro e diretor da CIA FM.


A capacidade de falar e de socializar foram determinantes para que a raça humana se desenvolvesse e assumisse o comando deste planeta. Estão impregnadas em nosso DNA e forjam cada personalidade em todos os recantos do mundo. Se fazem presentes em todas as atividades humana contribuindo para o nosso progresso, mas, em cada momento da nossa história, são também imprescindíveis para o lazer e para aliviar a tensão da nossa rotina. Diálogo, troca de confidências, amizade e confraternização são essenciais para a felicidade de qualquer pessoa. Por isso, somos vocacionados para as confrarias.


Em nossa região, relativamente nova e composta de gente de todas as origens, com raízes distantes e que se encontraram para construir um dos recantos mais generoso destes país, sem espaços naturais de confraternização, como as praias, a nossa opção sempre foi por desenvolver laços intensos de amizade e camaradagem com amigos, vizinhos, colegas de trabalho ou pessoas que tinham afinidades com nossos hobbies e esportes. Eram muitos impulsos e, como resultante, nossa região se encheu de confrarias, grupos de amigos que se reúnem, dividem preferências, discutem divergências e criam laços de fraternidade que persistem ao longo do tempo.


São formadas por identidade profissional, esportiva, etílica, gastronômica ou recreativa, em algumas delas com a soma de tudo isto. São tão notórias que é difícil encontrar alguém que não tenha uma para chamar de sua. Muitas são singelas, espontâneas e esporádicas, mas, uma boa parcela delas, são bem-organizadas e resistem ao tempo porque se tornam essenciais para a saúde mental de seus participantes. Sim, belo registro, são fundamentais para enfrentar o stress e os desafios da nossa vida; questões financeiras, pessoais e até amorosas, ficam na porta das confrarias porque sua essência é valorizar a amizade e gerar momentos de felicidade.


Entrar com o coração apertado, com a alma em desalinho, condição comum dentre os participantes, são resolvidas ao primeiro abraço e, se resistentes, no segundo gole. Confraternizar, celebrar amizades são dádivas que nos fazem felizes, que nos tornam leves para a vida e, principalmente para nossas famílias.

Permito-me sugerir a todos que generosamente me leem que cultivem suas parcerias e, se não as tem, que procurem grupos por afinidade de qualquer ordem. Todos nós merecemos abraços e sorrisos de pessoas que se preocupam e torcem por nós. Lembrem-se que amigos aparecem, como anjos caídos do céu, e, quando percebemos já nos escolheram para a caminhada diária, tornando gratificante a espera por momentos de alegria, onde podemos ser autênticos, retornar, sem cobranças à quinta série e soltar a alma, nos permitir que se liberte por instantes a criança que sobrevive em nós.


Registro, com imenso prazer, uma das mais tradicionais de Maringá, o Clube Etílico, Recreativo e Gastronômico, cujo nome, abreviado para Clube Etílico, para fazer jus à principal atividade deste grupo de jovens senhores, que se reúnem a mais de 38 anos, sempre aos sábados, composto por vinte cinco membros, alguns à distância, o Carlos lá de Sinop, outros pouco assíduos, que só vem quando as esposas lhes avisam que eles estão com saudade do clube, a grande maioria engenheiros, nos quais me incluo. Estes garotos com idades entre 50 e 77 anos, respeitam diversos rituais, consagrados por anos de parceria, se reúnem ao meio-dia do sábado, no Vandão, sempre paciente com os meninos, e seguem a rotina por definição democrática, encerrando o encontro às 17 horas no Café Cremoso.



Dividem uma camaradagem de mais de três décadas, com a complacência das companheiras que sabem que, embora lhes permitam algumas horas de ausência, os recebem renovados em energia e alegria. São os melhores amigos, aqueles que dividem as tristezas e alegrias e estão presentes sempre que necessário. Quem não precisa disto para aliviar as tensões da nossa rotina?


Entrando na quinzena final do ano, me atrevo a te sugerir que celebre os amigos, se orgulhe de tê-los, não importa quantos. São sempre pessoas especiais que nos escolheram, amizade é assim, que nos toleram, que dividem os brindes e enxugam até as lágrimas que não caem.


Viver será sempre maravilhoso, mas não é ato isolado. Somos gregários, somo sociáveis, precisamos de confidentes, de parceiros, de amigos. Que venha 2024, muitas alegrias, muita paz, muita saúde e dezenas de reuniões nas confrarias que nos tornam melhores.

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