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O Deus que perdoa

Christina Faggion Vinholo, teóloga, especialista em AT e NT.


O perdão é uma das expressões mais sublimes do caráter de Deus. Ele é justo, santo, imutável e soberano — e, ainda assim, se inclina com graça para perdoar pecadores. O Senhor não apenas tolera o arrependido, mas o acolhe com amor e restaura com misericórdia. “Tu, Senhor, és bom e pronto a perdoar, abundante em benignidade para com todos os que te invocam” (Salmos 86:5).


O perdão divino não é superficial nem indiferente ao pecado. Pelo contrário, é profundamente custoso. Deus perdoa porque alguém pagou o preço: Jesus Cristo, o Cordeiro sem mácula, que carregou sobre si a culpa dos nossos pecados. “Nele temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Efésios 1:7). A cruz é a maior revelação da justiça e do amor de Deus se encontrando — ali, o perdão foi comprado com sangue.


Mas o perdão que recebemos de Deus não fica apenas entre nós e Ele. Ele nos transforma. O que experimenta o perdão vertical — de Deus para nós — não pode continuar o mesmo em seus relacionamentos horizontais. Jesus ensinou isso de maneira contundente: “Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai não vos perdoará as vossas” (Mateus 6:15). A graça recebida precisa transbordar em graça oferecida.



O perdão, então, se torna uma marca do cristão. Não é conivência com o erro, nem esquecimento artificial. É uma escolha moldada pelo caráter de Deus, que se recusa a nutrir ódio ou vingança, porque reconhece que já foi perdoado de uma dívida impagável. Perdoar o outro é um ato de fé no Deus que julga com justiça e redime com misericórdia.


Ser perdoado por Deus nos ensina a humildade, e perdoar o próximo nos ensina a amar. Aquele que olha para a cruz e entende a profundidade do perdão divino não consegue mais viver preso à mágoa. O perdão é libertador — tanto o que recebemos quanto o que oferecemos. “Sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Efésios 4:32).


Diante de tão grande graça, somos chamados a viver de forma coerente com aquilo que recebemos. O perdão não é apenas uma experiência espiritual, mas uma prática diária que transforma nossas relações. Como isso se aplica, na prática, ao nosso dia a dia?



Aplicações práticas:

1. Examine seu coração: Leve a Deus, em oração, pessoas que você ainda não conseguiu perdoar. Peça ao Espírito Santo que revele mágoas escondidas e o capacite a agir com graça.

2. Pratique o perdão no cotidiano: Perdoar não se limita a grandes ofensas. Comece nas pequenas irritações: um comentário maldoso, uma atitude impensada, uma palavra ríspida. Exercite a misericórdia nos detalhes.

3. Não espere o pedido de desculpas: Lembre-se de que Deus nos amou e nos perdoou quando ainda éramos inimigos (Romanos 5:8). Você pode liberar perdão mesmo que o outro nunca reconheça o erro.

4. Evite alimentar ressentimentos: Não alimente conversas que revivem a dor e espalham mágoa. Em vez disso, busque lembrar-se do perdão que você já recebeu — ele é o solo fértil para oferecer perdão.

5. Reconheça seus próprios erros: O perdão não é só algo que damos, mas também algo que precisamos receber. Quando você pecar contra alguém, seja humilde o suficiente para pedir perdão com sinceridade.

6. Aconselhe com mansidão: Se alguém se recusa a perdoar, ajude essa pessoa com compaixão. O perdão é um processo, e nem sempre acontece rápido. Caminhe junto e aponte para a cruz.

7. Seja um pacificador: No corpo de Cristo, o perdão é essencial para a comunhão. Promova reconciliação. Seja instrumento de restauração em sua família, igreja, trabalho ou amizades.

Instagram @chrisvinholo

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