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Dormindo com o inimigo?

Por Walber Guimarães Junior, engenheiro e comunicador.


O Senador Sergio Moro segue liderando todas as pesquisas recentes em referências às eleições majoritárias do Paraná em 2026, sustentado por um ótimo recall das eleições anteriores e favorecido pelo menor índice de conhecimento de seus concorrentes, mas, ainda assim sem um horizonte eleitoral confortável à frente.

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Sergio Moro, o nome mais identificado com a direita, precisará enfrentar as eleições sem apoio do governo federal, postado à esquerda, nem do governo estadual que trabalha para consolidar o provável nome do Deputado Alexandre Curi, embora o Secretario Guto Silva siga como alternativa mais próxima do governador Ratinho. Para complicar ainda mais, Paulo Martins, candidato derrotado ao Senado com ótima votação, parece ser o nome abençoado por Jair Bolsonaro no Paraná.


A direita também tem uma boa oferta de nomes para o Senado, em destaque os nomes de Felipe Barros, principal nome da direita bolsonarista no estado e Cristina Graeml que chegou ao segundo turno também alavancada pelo voto de direita nas eleições curitibanas. Moro seguiria mais confortável para ocupar a ponta direita se conseguir ajustar uma boa dupla ao Senado que permitam uma convergência mais efetiva dos votos da direita.


Neste contexto, sobra ainda a vaga de vice para que Sergio Moro estique o leque partidário com composições que normalmente são fáceis para quem lidera as pesquisas, mas difíceis para quem não tem o molejo tradicional dos políticos para costurarem acordos, condições contraditórias que bem representam o perfil do Senador.


Apesar da boa fotografia eleitoral, o cenário político segue muito confuso para Moro, filiado ao União Brasil que acaba de firmar parceria com o PP, a nova federação União Popular Brasileira, a UPB, colocando na mesma canoa os líderes destes partidos no Paraná, Fernando Francisquini e Ricardo Barros, respectivamente, ambos com longo histórico de atritos com Moro e muito mais vocacionados para o jogo político.


A situação é bastante complexa para o Senador que tem um reduzido grupo político, quase nenhuma afinidade com o diálogo interpartidário, embora tenha o magnetismo eleitoral para atrair apoios pelo interior do Estado, além de poder se beneficiar pelo limitado espaço da situação para acomodar tanta gente no palanque oficial. A possibilidade da deserção de Rafael Greca, aparentemente sem espaço no time de Ratinho, pode consolidar uma grande arrancada em Curitiba, difícil de ser revertida nas pequenas cidades.


Mas o grande problema de Sergio Moro é a sigla partidária. Sem muitas alternativas compatíveis, considerando que a nova federação UPB tem tempo e recursos animadores para a disputa, tem poucas apostas com odd tão elevada como no Paraná, quase tudo se desenha como um bom roteiro de final feliz. Todavia, Sergio Moro segue dormindo com o inimigo.


Fernando Francisquini e Ricardo Barros são desafetos históricos do Senador, além de várias outras inimizades, como Deputado Do Carmo, abrigados sob a mesma sigla, sendo previsível que o barulho neste condomínio resulte em mudanças partidárias de um ou outro lado.


Em relação à família Francisquini, a conciliação parece bem mais improvável pelo temperamento forte de Fernando, sendo difícil imaginar que a mesma sigla os abrigue em 2026. Já Ricardo Barros, sempre mais focado nos resultados, certamente colocará os números e a melhor estratégia de seu grupo como prioridade para definir a melhor companhia para a próxima campanha. Aparentemente sem apetite para a disputa do Senado, a vice parece ser o dote mínimo da “noiva” pepista que, com toda certeza, será comparada com a proposta do palanque oficial.


Francisquini parece desconfortável, assim como Moro, mas Ricardo coleciona cartas para fazer o seu jogo em 2026. Já Sergio Moro sofre de seguidas insônias, não consegue embalar sonhos de vitória enquanto não resolver o dilema de dormir com os inimigos.


Sem dúvida, antes do enfrentamento com o ungido de Ratinho, Sergio Moro precisa arrumar a casa e escalar seu time para a disputa, em desafiador prólogo eleitoral.

1 comentário


José Marcos Baddini
21 de jun.

Conversas de bastidores dão conta de que Ricardo Barros costura apoio para uma das duas vagas ao Senado. É sonho do deputado Maringá o Senado, que já disputou e obteve boa votação.

Com o irmão eleito em Maringá o sonho parece estar próximo. Mas Barros, grande estrategista político, vai analisar as possibilidades.

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