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(DES)CONFIANÇA

Célio Juvenal Costa, professor da UEM


Sou um startrekmaníaco e, portanto, não sou muito fã de StarWars. Quando era adolescente assisti os episódios de Jornada nas Estrelas, que passava no período da tarde na televisão. A primeira série, com 3 temporadas eu assisti entre 1982 e 1983, e a segunda série (Next Generation), com 7 temporadas, passou de 1987 a 1994. Mas, para não parar aí, eu assisti, na Netflix, novamente as 10 temporadas há uns 10 anos. E tem um dos episódios sobre o qual eu gostaria de refletir aqui com vocês meus caros leitores.


A trama da história reside na autogeração de uma nova forma de vida que começa a se desenvolver na nave Enterprise e que, aos poucos, vai tomando conta de tudo. Como é um organismo em crescimento, suas atitudes, em um primeiro momento, se parecem com uma criança que vai descobrindo seu corpo, no caso, a própria nave, e do que ele (ela) é capaz de fazer. A primeira iniciativa dos tripulantes da nave foi de destruir o organismo, no entanto, como a missão deles era descobrir, interagir e respeitar novas e desconhecidas formas de vida, o capitão Jean-Luc-Picard interviu no sentido de que se procurasse entender a nova criatura e, se fosse o caso, ajudá-la a se desenvolver. O problema é que a nova forma de vida estava aprendendo a viver se espalhando pela nave, a dominando e a controlando, colocando em risco as vidas de todos os tripulantes. Quando a forma de vida estava quase formada, a tensão residiu se ela iria se instalar definitivamente na Enterprise, ou se ela de lá sairia. Se ficasse colocaria em risco a vida de mais de mil tripulantes entre humanos, betazóides, klingons e outras raças do universo Star Trek; se fosse embora a criatura teria aceitado a ajuda e entendido as boas intenções de todos na nave. É claro que a última opção foi escolhida e é claro também a criatura tomou a decisão de sair. Mas, o que me chamou a atenção foi um diálogo final entre o Tenente Comandante Data, um andróide, e o Capitão Picard, que se deu mais ou menos assim:

 

Data - Capitão, como o senhor sabia que a criatura deixaria a nave?

Picard - Eu não sabia. Mas se a criatura se alimentava da Enterprise, ela também se alimentava de nós, de nosso trabalho, de nossa cultura, de nossas expectativas, de nossos sonhos. Na verdade, fizemos uma aposta em nós mesmos, e mostramos que podemos ser confiáveis.

 

Fiquei pensando se hoje somos realmente confiáveis. Fico imaginando se uma criatura dessas aparecesse em algumas instituições nossas se poderíamos apostar que ela nos compreenderia. Aliás, fico imaginando se a primeira tentativa nossa não seria eliminar a criatura sem procurar entendê-la e respeitá-la como uma forma de vida diferente, mas igualmente importante. Confesso que hoje, nesta absurda hipótese, eu sou mais pessimista. No entanto, o episódio me parece, no fundo, uma grande metáfora do otimismo para com a raça humana. Na dúvida, talvez seja melhor, ainda, ficar com a sabedoria do Capitão Jean-Luc Picard!!!!

 

 

Meu Instagram: @costajuvenalcelio

 

Obs: Esta é uma versão revisada e atualizada de um texto originalmente publicado no blog: devaneioseoutrasreflexões.blogspot.com.

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