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A balança do governo só tem um prato?

Por Walber Guimarães Junior, engenheiro e comunicador.


Respeito toda e qualquer preferência pelos líderes nacionais maiores, Lula ou Bolsonaro que oferecem centenas de razões para despertar amor ou ódio da população brasileira, mas, por mais que tenham equipes competentes, jamais serão, pessoalmente, solução para os grandes problemas do país.

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Temos demandas gravíssimas que mesmo um presidente bem-intencionado, sem o respaldo da sociedade civil organizada, tem a capacidade de nos retirar, em definitivo, da beira do abismo que frequentamos nas últimas décadas. Embora seja razoável supor que alguns podem efetivamente ter desempenho superior, em especial na economia, que bate mais forte na alma do cidadão, é justo afirmar que, sem reformas substanciais em setores cruciais, serão apenas soluções paliativas. Sem ajustes na organização política e uma corajosa reforma administrativa, seguiremos com os pés atolados no subdesenvolvimento.


Bolsonaro e Lula, díspares em quase tudo, são iguais em alguns aspectos; personalistas e apaixonados pelo poder. Um observador isento não tem dificuldade em perceber que suas ações são ditadas pela perspectiva eleitoral e, apenas se possível, conciliando com o caminho mais lúcido para a Nação. A maneira como ambos se curvam à ditadura do parlamento, reféns do centrão, é apenas a face mais visível do nosso arcabouço político.


O cidadão comum, de qualquer ideologia, compra a ideia, bem embalada pelo marketing partidário, que a solução depende apenas da escolha do titular da Nação, como se tivesse investido de superpoderes, capaz de resolver nossos problemas por decreto ou apenas pela imposição de sua liderança. Infelizmente, não é tão simples assim.


Lógico que a atual gestão decepciona a nação brasileira e até mesmo uma parcela dos que o escolheram, desaprovam sua conduta. Importante entender que os números das urnas tendem a se reproduzirem, sendo, portanto, esperado que uma parcela, fiel ao oponente, se converta em piso da rejeição que acompanharia qualquer dos dois. Embora, a polarização nos leve a dividir o eleitorado em duas metades quase iguais, a realidade aponta diversos agrupamentos que se fundem; as duas alas completamente fidelizadas, em torno de quarenta por cento do total, dois grupos em que a rejeição a um dos lados define a preferência e um último grupo, bem menor que flutua por conta de outras variáveis e que, na prática, tem definido as eleições.


Claro que o foco na reeleição, impede que Lula faça o correto; trabalhe efetivamente para reduzir as despesas do país, como caminho mais lúcido para reequilibrar nossas finanças. Lula parece não perceber que a balança tem dois pratos e a solução não está apenas em buscar novas receitas, pela inelasticidade do bolso do cidadão comum, mas na coragem necessária para combater excessos para os quais faz vista grossa para não comprometer o patrimônio eleitoral ou a estabilidade da gestão, sob o fio da navalha congressual.


Ainda que tenha alguns troféus para levantar (inflação abaixo que na gestão anterior e emprego no maior nível dos últimos quinze anos), o atual governo não convence e patina em desaprovação proibitiva porque não tem coragem para fazer a lição de casa; cortar custos, ainda que isto implique em uma altíssima conta eleitoral.


Sem altivez para abandonar a reeleição e coragem para corrigir os rumos do país que poderiam ser um epilogo mais digno para o maior fenômeno das urnas do Brasil, Lula segue firme para fazer gol contra no último jogo da sua vida. Mesmo na frente das pesquisas, não é favorito para 2026 e, se a direita conseguir uma difícil convergência, pode fechar a conta ainda no primeiro tempo.


O atual governo já admite que 2027 será ainda mais difícil, munição de sobra para o próximo governante seguir enxugando gelo, culpando de novo a herança maldita, muleta clássica de quem não quer andar a passos firmes. Mas quando teremos um governo realmente focado em resolver estes problemas?


Minha opinião segue inflexível; com reeleição, todos eles assumirão a prioridade eleitoral e não avançarão um passo em direção às reformas política e administrativa e sem isto, o desejado equilíbrio fiscal segue postergado para a próxima gestão.


Para finalizar com um último exemplo, apenas o mais recente atentado contra a economia popular; vereadores de Curitiba aprovaram esta semana a possibilidade de cada um deles contrate o oitavo assessor!!!!


Como todos sabem, está sobrando dinheiro público e, quando faltar eles inventam um novo imposto.

 

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