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Seis meses depois .....

Por Walber Guimarães Junior, engenheiro e diretor da CIA FM.


Durante muito tempo, a impressão é que a tensão eleitoral não se dissiparia nunca, ainda que variáveis, os prognósticos eram, quase todos, bastante pessimistas. E agora, seis meses depois do 8 de janeiro?


A realidade bateu forte na porta de muitos e, ainda com polarização latente, o ódio refluiu mesmo com a agenda pesada do primeiro semestre.


Poderia estar bem melhor, mas os atores principais pouco colaboram para minimizar o clima. Na verdade, a simbiose política é muito adequada aos dois. Lula e Bolsonaro se retroalimentam da paixão e do ódio e, assim, ocupam todos os espaços disponíveis no coração de grande parcela do eleitorado. Deixar um vácuo, permitiria novas lideranças disputando a preferência e dividindo o espólio de cada um deles.


Todavia, como todos nós sabemos, a realidade vai se impondo, de maneira diferente, aos dois líderes.


Bolsonaro inelegível, punido por sua teimosia, e com um histórico bem razoável de problemas pela frente. Assiste impotente, imbroxável jamais, segundo o próprio, ao desmanche de sua liderança com os espaços sendo disputados avidamente por vários líderes que, em vantagem, sabem que a bandeira conservadora brilhará com mais intensidade se hasteada por mãos equilibradas.


Lula, por outro lado, tem todo direito de colher os louros da vitória, mas parece se esquecer que o resultado das eleições mostra uma nação dividida e, dado mais importante, a rejeição de ambos foi o principal fator de definição de voto. Ao impor sua pauta esquerdista, desconhece que a pauta conservadora teve mais votos nas urnas e, se tivesse um candidato mais equilibrado, teria vencido o segundo turno.


Falar sobre comunismo e estender tapete vermelho ao ditador Maduro afronta o bom senso. Lula, do pedestal de suas vitórias eleitorais, se julga mais inteligente que a nação brasileira e quer nos convencer de uma realidade fantasiosa da Venezuela que qualquer brasileiro desmente nos sinaleiros das grandes cidades. Ainda bem que a economia consegue se descolar de tudo isto.


Preciso, por dever de consciência fazer o mea culpa. Tive medo de Haddad, julgava que um economista de centro fosse mais adequado para construir o consenso e recuperar a credibilidade, matéria prima essencial para a economia. Mas um Haddad equilibrado, sempre disposto ao diálogo e com espírito conciliador, como se esperava de Lula, consegue nos oferecer uma boa expectativa, somado aos ventos favoráveis que prometem soprar na economia mundial.



Também tive medo, sem perder a esperança. Estou mais otimista agora, com a economia e com a possibilidade de se restabelecer o debate político para além do personalismo e renovo o desejo de conseguir em 2026 votar em bons candidatos.

Acredito até que 2026 vai me levar às urnas para escolher o melhor porque já cansei de optar pelo menos ruim.



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