Perdão que Ecoa: Quando a Voz não se Cala

Christina Faggion Vinholo, teóloga,

Especialista em AT e NT.

Ontem foi o culto memorial de Charlie Kirk no State Farm Stadium em Glendale, Arizona, reunindo milhares de pessoas que testemunharam não apenas uma despedida, mas a força de um legado que não será apagado.

O momento mais marcante da cerimônia veio da boca de sua esposa, Erika Frantzve Kirk. Em lágrimas, mas sustentada pela graça, ela declarou: “Na cruz nosso Senhor disse: ‘Pai, perdoa-os, eles não sabem o que fazem’ — e assim eu também perdoo o jovem homem que assassinou Charlie.” Palavras que soaram como um trovão de amor em meio à dor. O mundo pode ser tomado pela violência, mas a igreja de Cristo é chamada a responder com perdão.

Esse testemunho ecoa a verdade de Hebreus 11.4: “Pela fé Abel, mesmo depois de morto, ainda fala.” A voz de Charlie não foi calada, porque estava firmada em Cristo. Ela segue viva em cada vida que ele impactou, em cada jovem despertado a viver a fé sem medo, em cada cristão lembrado de que a verdade deve ser proclamada mesmo quando custa caro.

Mas a grande pergunta para nós é: o que faremos a partir disso? Não basta chorar a morte trágica de um servo fiel. O luto precisa se transformar em missão. Se a voz de Charlie ecoa, é porque nos chama a não nos conformarmos com este mundo (Rm 12.2), a não cedermos ao silêncio cúmplice, mas a proclamarmos, como ele, a verdade do evangelho com coragem e amor.

O perdão de Erika não foi fraqueza, mas vitória do evangelho. A voz de Charlie não foi silenciada, porque se uniu ao coro eterno daqueles que, em Cristo, já descansam. Agora é a nossa vez de carregar essa tocha.

Que essa tragédia não seja apenas motivo de tristeza, mas de decisão. Como viveremos daqui em diante? Seremos apenas expectadores ou nos levantaremos como vozes proféticas que amam, denunciam e anunciam o Senhorio de Cristo?

A morte tentou calar, mas a eternidade responde: a voz não se cala, o perdão ecoa, e a igreja avança.

Rádio Gospel FM

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