Junho se foi, a luta LGBTI+ continua!
- Leonna Moriale
- há 15 horas
- 2 min de leitura
Com o encerramento de junho, o Mês do Orgulho LGBTI+, muitas pessoas podem ter a impressão de que a visibilidade e as discussões sobre a comunidade diminuem. No entanto, é fundamental compreender que o Orgulho não é um evento anual confinado a trinta dias; ele é um movimento contínuo e diário, pulsando em cada indivíduo e em cada ação de resistência. A luta por direitos, reconhecimento e respeito não se encerra com a virada do calendário, e as pessoas LGBTI+ não vão, nem podem, voltar para o armário.

A ideia de que a comunidade LGBTI+ existe apenas durante o Mês do Orgulho é uma falácia perigosa. Ela pode levar à complacência e à falsa sensação de que os desafios foram superados. Longe disso. A realidade é que o preconceito e a discriminação persistem em todas as esferas da sociedade, manifestando-se de formas explícitas e sutis. De piadas depreciativas a atos de violência, homofobia, transfobia e todas as formas de preconceito continuam a ferir, excluir e matar. Preconceito não é piada, e a normalização de discursos de ódio em qualquer contexto é um desserviço à dignidade humana.
Defender a identidade de gênero e a orientação sexual de cada indivíduo não é apenas um ato de bondade, mas um dever intrínseco de todas as pessoas. Os direitos LGBTI+ são, em sua essência, direitos humanos. A liberdade de ser quem se é, de amar quem se ama, de expressar a própria identidade sem medo de represália, são pilares de uma sociedade justa e equitativa. Quando defendemos as pautas da comunidade LGBTI+, estamos defendendo a liberdade, a igualdade e a dignidade de todas as pessoas, sem exceção. Estamos construindo um mundo onde a diversidade é celebrada e a coexistência pacífica é a norma.
A estrada à frente é longa e desafiadora, mas a determinação e a resiliência da comunidade LGBTI+ são inabaláveis. Precisamos, mais do que nunca, da força e da contribuição de pessoas aliadas. O apoio vai além de participar de paradas e eventos; ele se manifesta na desconstrução de preconceitos internos, na educação de amigos e familiares, na defesa ativa em ambientes de trabalho e estudo, e na exigência de políticas públicas inclusivas.
Sigamos na luta, com a certeza de que cada passo, cada voz levantada, cada ato de coragem nos aproxima do dia em que teremos, finalmente, nossos sonhos coroados: um mundo onde o orgulho não é apenas um mês, mas um estado de ser permanente para todas as pessoas LGBTI+. A visibilidade pode ter seus picos em junho, mas a existência e a resistência da comunidade são eternas.
Leonna Moriale
Travesti Arte'ativista
Kommentare