Por Paulo Tertulino - Blogueiro
Ao participar do lançamento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo nesta quarta-feira entre tantas coisas que falou para seleta e qualificada plateia, o falante ministro da Economia Paulo Guedes saiu-se com esta: “Qual o problema de a energia elétrica ficar pouco mais cara?”.
Para justificar a pergunta, Guedes usou o caminho mais curto: Culpou a falta de chuvas que vem resultando numa grave crise hídrica no País. Ele apenas não elencou quais medidas o Governo que ele representa tem adotado para atenuar o problema hídrico que resulta em reajustes mensais na conta de energia e em outras coisas mais.
Convém lembrar que Paulo Guedes apenas está ministro. Seu ofício de origem é banqueiro de instituição financeira internacional. Mesmo afastado de suas funções como alto executivo, o “seu” cai todo mês e não é pouco não, fazendo parecer o que ganha na Esplanada dos Ministérios dinheiro de cachaça.
Que tal alguns números? Reajuste do salário mínimo: 7%. “Altinha” acumulada na conta de energia elétrica em 2021: 52%. Gasolina: 27,5%. Gás de cozinha: 13,75%; e cesta básica 29,42%. Esses índices podem ser conferidos no site oficial do IBGE.
Para o ministro, a economia está “bombando” – termo que ele usou no seu discurso – apesar da pandemia. Como cidadão humilde, convido Paulo Guedes a vir a Cianorte no Noroeste do Paraná. Outrora poderosa Capital do Vestuário.
Hoje não mais. Este setor econômico como outros foi relegado a segundo plano. Pequenas empresas estão sumindo do mapa. Muitos empresários que ainda sustentam seus negócios estão endividados até o pescoço em bancos – O senhor é banqueiro, né? O Brasil tem um dos mais altos juros do mundo.
No final das contas tenho que dar razão ao Paulo Guedes – Qual o problema de a conta de luz ficar um pouco mais cara? Tem coisas subindo muito mais pesando no bolso do trabalhador. O desemprego cresce de forma alucinante e junto com ele o universo dos miseráveis.
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