PARA DEFENDER SEU COURO, BOLSONARO FOI CONTRA O BRASIL E OS EMPRESÁRIOS QUE SOFREM COM O TARIFAÇO DE TRUMP...
- Marcio Nolasco
- 22 de ago.
- 2 min de leitura
A informação consta no relatório no qual a Polícia Federal destaca conversa de Jair Bolsonaro com o filho Eduardo e o pastor Silas Malafaia
O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu orientações ao advogado norte-americano Martin Luca, ligado ao presidente Donald Trump, para se pronunciar sobre o tarifaço aplicado contra as exportações brasileiras. Luca representa as redes sociais Rumble e Trump Media nos Estados Unidos. Para tentar negociar a anistia e se livrar de uma condenação, Bolsonaro negociou com Trump a aplicação do tarifaço sobre os produtos da economia brasileira, deixando nossos empresários em "maus lençóis", Bolsonaro quis livrar seu couro e não pensou nas consequências para o Brasil e a "sua dita pátria amada"... TUDO PELA SUA LIBERDADE! O BRASIL QUE SE...

A conversa consta no relatório no qual a Polícia Federal (PF) indiciou Bolsonaro e um de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no caso das sanções dos Estados Unidos. Durante as investigações, o celular do ex-presidente foi apreendido pelos agentes.
Durante uma conversa captada pela investigação, Bolsonaro pediu ajuda para produzir uma nota e divulgá-la nas redes sociais, tudo com objetivos orquestrados para a finalidade de se livrar de uma condenação e forçar a anistia com a pressão do tarifaço sobre nossos produtos, nossas empresas, nossa economia e nosso povo que paga essa conta... Qual a Pátria que Bolsonaro defendia??
“Martin, peço que você me oriente também, me desculpa aqui tá, minha modéstia, como proceder. Eu fiz uma nota, acho que eu te mandei. Tá certo? Com quatro pequenos parágrafos, boa, elogiando o Trump, falando que a questão de liberdade tá muito acima da questão econômica. A perseguição a meu nome também, coisa que me sinto muito pô, fiquei muito feliz com o Trump, muita gratidão a ele. Me orienta uma nota pequena da tua parte, que eu possa fazer aqui, botar nas minhas mídias, pra chegar a vocês de volta aí. Obrigado aí. Valeu, Martin”, disse Bolsonaro, em mensagem de áudio.
Veja aqui relatório da PF:

Em seguida, Martin disse que Bolsonaro deveria “melhorar a comunicação em relação ao tarifaço”.
Ao analisar a conversa, a PF concluiu que Bolsonaro atua de “forma subordinada a interesses de agentes estrangeiros”.
“O áudio atribuído a Jair Bolsonaro demonstra que o ex-presidente atua de forma subordinada a interesses de agentes estrangeiros, em alinhamento previamente condicionado ao atendimento de pretensões dissociadas ao interesse nacional, direcionadas a vulnerar a independência dos poderes constituídos, especialmente o poder Judiciário, por meio de atos de coação ao seu órgão de cúpula, e a soberania nacional”, diz o relatório.
Defesa
Mais cedo, a defesa de Bolsonaro disse que foi surpreendida com o indiciamento e garantiu que vai prestar os esclarecimentos solicitados ontem pelo ministro Alexandre de Moraes.
Pelas redes sociais, Martin Luca criticou Moraes e disse que atua na orientação jurídica e de comunicação.
"Por essa lógica, [da PF] qualquer político que consulte um advogado está conspirando para derrubar a democracia", declarou.
Comentários