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SUBORNO, A ROTA DA ESCRAVIDÃO

Vítimas de tiranos que aos súditos foram arrancando tudo: a fauna, a flora, a terra, a água, os minérios, a liberdade e finalmente os corpos de homens, mulheres e crianças, é que a África sucumbiu ante os ricos europeus que, desde o século XVI, dela fizeram o melhor celeiro para a escravidão.



Em nosso caso, escravagistas nacionais nunca se deram ao trabalho de correr ao encalço de negros e negras da Nigéria, Daomé, Costa do Marfim, Congo, Angola e Moçambique. Era muito mais cômodo e eficaz subornar os chefetes, que eles a tudo providenciavam com segurança e precisão.

E nós, o que está acontecendo com o nosso país- continente onde " se plantando, tudo dá?"


Nossa terra está aberta à compra por bandeiras de todas as cores, as propriedades familiares quase nem mais existem e os ex-trabalhadores do campo hoje fazem parte da reeditada escravidão de sete milhões de famílias com os nomes de auxílio emergencial ou de bolsa família, na tentativa de evitar a morte pela fome. Com o tempo, fomos nos habituando até com a paisagem cada vez maior de moradores de rua, como se a rua fosse um lugar digno para nela morar.


Nossa PÁTRIA está se tornando cada vez mais uma SOCIEDADE ANÔNIMA capitaneada por ACIONISTAS americanos, europeus e asiáticos sob o argumento acatado por grande parte da população que aposta no sucesso da privatização e do Estado mínimo.


E é assim que o Brasil está sendo subjugado mais e mais por capitalistas internacionais que estão dominando o mercado, abocanhando não somente empresas públicas lucrativas, como empresas particulares brasileiras que não mais suportam a concorrência ante o aguilhão dos monopólios internacionais. E a dança do abre e fecha da iniciativa nacional tornou- se rotina, mesmo porque nem mais existem leis capazes de reprimir os abusos do poder econômico.


Batemos no peito com orgulho, quando as estatísticas nos apontam como a nona maior economia do mundo, riqueza que circula na alta esfera dos lucros dos monopólios, mas que nem de longe chegam ao alcance da quase totalidade das famílias brasileiras endividadas ou contempladas com a violência do salário mínimo.


Privatizam - se empresas públicas, mesmo quando o capital estrangeiro exige o mínimo de 51% ou mais das ações e o controle administrativo das ex-empresas brasileiras, acarretando mais e mais ao BRASIL A MARCA DA ESPECIALIDADE NA ARTE DE PERDER.


O POVO TRABALHA, CUMPRE HORAS EXTRAS E O SALÁRIO TERMINA CADA VEZ LONGE DO FINAL DO MÊS.


A crise continua, amigo? Culpa das empresas públicas. E mais e mais os ativos delas vão sendo repassados ao controle dos grandes centros econômicos mundiais que aqui estão controlando com a prática do suborno até de autoridades nacionais, a exemplo dos antigos escravagistas do passado que controlavam os caciques africanos de outrora.


Para melhor entendimento, confira alguns exemplos de entreguismo a grandes corporações:


José Sarney:

Riocel, Aracaju Celulose, Silva, Caraíbas Metais e a CBC( Companhia Brasileira de Cobre);

Itamar Franco: Usinas, Embraer( um dos símbolos da indústria aeronáutica brasileira), Light ( arrematada por três multinacionais);


Fernando Henrique Cardoso:

Vale do Rio Doce ( a maior exportadora de minério de ferro do mundo), Telebrás,

Banespa ( hoje integrante do grupo espanhol, Santander) , Embratel e Banco Meridional;


Lula:

Concessão de rodovias federais CBR 101, Hidroelétrica Santo Antônio e Hidroelétrica Jirau;


Dilma:

Concessão da ponte Rio- Niterói , dos aeroportos de Guarulhos e o de Brasília;

Temer: rodovias, aeroportos e até a Casa da Moeda;

Bolsonaro: privatizou 36 por cento das estatais brasileiras, entre as quais s Eletrobrás, a Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo, a Distribuidora Liquigás.


A Petrobrás, considerada a " joia da coroa das estatais é hoje uma empresa de capital aberto.


Em nosso país- continente, os serviços de rolagem da dívida pública sempre tem sido o pretexto do desmonte de nossas riquezas paradoxalmente deficitárias em nossas mãos, mas que se tornam potenciais de intensa lucratividade, quando transferidas para os grandes centros econômicos mundiais que ainda nos submetem à condição de exportadores de matérias primas e importadores de produtos industrializados. Até quando?


Tadeu França

professor universitário e ex-deputado federal constituinte

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