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SAMU faz 20 Anos de sucesso no SUS e Deve ser órgão Permanente para não ficar a Mercê de má gestão Brasil afora

Serviço alcança 93% da população do país graças à adaptação de modelo francês para realidade brasileira.


"Toda profissão é honrada, mas o trabalho dos socorristas de emergência é muito nobre, conseguem dar um suporte a pacientes e familiares muitas vezes nos momentos mais vulneráveis."


"Quando cai de moto, pensei que iria morrer. E quase! Graças aoSAMU fui levado rapidão ao hospital e agora estou Vivo. Algumas cicatrizes aqui, ossos quebrados ali, mas Minha Vida quem salvou foi o SAMU"...


O SAMU como é conhecido comumente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, em pesquisa feita pelo em São Paulo revelou que 90% dos moradores percebem positivamente o serviço que completou 20 anos neste último sábado (27/04).


O Samu nasceu oficialmente em 27 de abril de 2004, quando a presidência assinou o decreto 5.055 que institui o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em municípios e regiões do território nacional. O número 192 foi estabelecido para acionar o serviço em todo o país.



O decreto universalizou o atendimento que já vinha sendo testado desde 2003, após a publicação, no ano anterior, da portaria ministerial 2.048, que determina regras de atuação, tais como equipamentos e protocolos a serem seguidos - decisões que, para os "pais" do Samu, não eram nada triviais à época.


"Quais equipamentos íamos colocar na ambulância? As mochilas vão ter quais medicações? O que vamos levar dentro de uma mochila do enfermeiro, dentro da mochila do médico?", exemplifica o coordenador do Samu de São Paulo, Laelcio Ramos.


Passadas duas décadas, o Samu alcança 187,2 milhões de pessoas em 3,9 mil municípios, segundo o Ministério da Saúde, o que equivale a cerca de 92% da população - graças a algumas mudanças feitas no modelo francês que serviu de referência na implementação do serviço, como, por exemplo, o uso de motocicletas no atendimento a partir de 2008.


Em Sergipe, 85% dos atendimentos são feitos com as chamadas "motolâncias", com tempo de resposta de até dez minutos a partir de uma das 40 bases, segundo o superintendente do Samu no estado, Denison Pereira. "Em 1998, havia duas ambulâncias do Corpo de Bombeiros em todo o estado; hoje eles contam com cinco, enquanto o Samu utiliza 43 Unidades de Suporte Básico (USB) e 16 USA, além de quatro motos por base", acrescenta o enfermeiro.


Já "ambulanchas" são utilizadas em regiões como a Amazônia e partes do litoral fluminense para atender comunidades ribeirinhas e costeiras. Na capital amazonense, quatro lanchas dão suporte a comunidades rurais localizadas a até 100 quilômetros da cidade pelo rio Negro e rio Amazonas. "Nesta última estiagem tivemos de lidar com dezenas de comunidades isoladas, sendo impossível chegar até elas pela água", conta Ellen Assunção, enfermeira coordenadora do Samu de Manaus.


"Neste período, pegamos por exemplo um senhor vítima de infarto, que só foi salvo porque conseguimos um helicóptero emprestado para chegar até ele. Mesmo de lancha o deslocamento pode levar quatro horas, dificultando o socorro", conta.


No Paraná, aviões e até helicópteros estão vinculados ao socorro de emergência do SAMU, transporte de órgãos e transferências via UTI aérea para pacientes em situações críticas, seja após acidentes ou para quem já está internado na rede hospitalar.


Mas nem tudo é alegria. Entre os problemas enfrentados com relação aos atendimentos, os socorristas citam como principal problema as informações falsas prestadas por pacientes para furar a fila de espera. E os trotes, na maioria das vezes por crianças.


Porém, é na Gestão que há maiores e mais graves problemas como as trocas constantes de gestões e lentidão na adoção de novos procedimentos e tecnologias. Isso se deve por que nos mais de 5500 municípios brasileiros, consórcios municipais é que administram o SAMU e muitas vezes o Serviço fica a mercê de ideologias políticas ou má gestão de alguns prefeitos.


A exemplo, os profissionais do SAMU consideram a adesão de contratos com organizações de saúde (OS) o ponto mais crítico. Regimes de contratação mais precários e uso de materiais de menor qualidade são alguns dos reflexos destas gestoras da saúde, afirmam.


Pelos 20 Anos do SAMU, já testado e aprovado pelo SUS e pelo povo brasileiro, tá na hora de tornar este serviço um órgão permanente da estrutura conjunta da segurança e da saúde. Assim como Bombeiros e Policiais, o SAMU precisa ser incorporado como serviço estatal permanente, com entrada via concurso estatutário e gestão de Estado, não de governos intermitentes que trocam a cada 4 anos no Brasil.


@profsta #profsta

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