Em 2023, a Flórida implementou uma restrição rígida contra o uso de celulares nas salas de aula.
O Estado norte-americano, com aproximadamente 22,2 milhões de habitantes, não é o primeiro a legislar sobre o acesso de crianças e adolescentes ao dispositivo em ambientes estudantis.
De acordo com o "Relatório Global de Monitoramento da Educação 2023"
realizado pela Unesco, um em cada quatro países, incluindo França, ltália,
Finlândia, Holanda, China, Inglaterra, Brasil (Rio de Janeiro) e EUA, já possuem leis para proibição ou restrição de celular e redes sociais nas escolas.
O uso excessivo de celular na sala de aula atrapalha o desempenho de alunos do Brasil e de outros países, segundo o Pisa 2022, principal avaliação mundial da educação. Oito em cada 10 alunos brasileiros de 15 anos disseram que se distraem com o uso de celulares nas aulas de matemática.
Outros países como Argentina, Canadá, Chile, Finlândia, Nova Zelândia e Uruguai registraram o mesmo indicador.
O recente relatório da Unesco também recomendou que as escolas procedam
com cautela e considerem o papel das novas tecnologias na aprendizagem
pois a exposição a ferramentas digitais poderia ajudar os alunos a desenvolver um olhar critico sobre as tecnologias emergentes.
Entre os principais argumentos para limitar o uso de celulares em Escolas se dão que o celular e seus aplicativos como mensageiros, redes sociais, jogos e vídeos online distraem os estudantes, reduzem sua concentração e rendimento, provocam indisciplina pelo uso indevido e fora do contexto das aulas e que apesar das devidas orientações docentes e pedagógicas, tanto professores quanto familiares têm dificuldades em controlar o uso de celulares pelos estudantes dentro das Escolas.
Outro argumento é que apesar dos celulares serem objetos populares, não são todos os estudantes que os têm, e mesmo os que têm, nem sempre tem acesso a Internet, inclusive via wifi, pois as Escolas também tem conexões deficientes e distoantes entre rede pública ou privada, municipais ou Estaduais e níveis de ensino (Fundamental I, II ou Ensino Médio).
Com estas disparidades de acesso a celulares e a Internet, mesmo com recursos digitais e onlines disponíveis, não há garantias de dinamismo e didáticas modernas. Nestes termos, a troca social e os livros, apesar de tradicionais, garantem acesso igualitário, diversificado e 100% abrangente, pois há políticas públicas que garantem acesso a livros didáticos de alta qualidade a todos os estudantes.
E você? O que acha? O uso de celulares deve ser proibido em Escolas?
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