Por Paulo Tertulino - Blogueiro
A Câmara de Cianorte votou na noite desta quinta-feira (18) o polêmico da Reforma da Previdência, digamos assim, um mal necessário sob pena de em alguns anos a Caixa de Aposentaria e Pensões não ter como pagar os proventos de aposentados e pensionistas. Embora doída uma coisa certa a se fazer.
Como era de se esperar os servidores compareceram à Câmara para acompanhar a sessão. Igualmente como era de se esperar, houve bate boca entre a plateia e os vereadores. E pior: discussão ácida entre os próprios vereadores.
O prefeito também esteve presente. Entrou em silêncio e saiu calado. Acompanhou de camarote todo o calor das discussões ao longo da demorada e polêmica sessão extraordinária. Deviam ter dado a palavra a ele. Ou pediu para não se manifestar ou a mesa diretora por motivo ou outro não lhe ofereceu a oportunidade. Favas contadas.
Por que os vereadores fizeram a coisa certa do jeito errado na aprovação da Reforma da Previdência Municipal? Durante a discussão do projeto ao longo de meses, estudos técnicos foram feitos de ambos os lados por consultores especializados no assunto – do Poder Público e dos servidores.
Aí está um ponto. Quem contrata um serviço quer que os argumentos lhes sejam favoráveis. Assim os pareceres se contrapuseram com discordância entre si.
O que faltou fazer? Os vereadores ao longo dos meses terem convocado diversas audiências públicas com categorias diferentes do funcionalismo municipal – Saúde, Educação, Esportes e servidores do pátio rodoviário, por exemplo.
Não fizeram isto. Preferiram reuniões de gabinete. A grande maioria dos servidores ficou sem entender ao certo o teor detalhado do projeto da reforma da sua Previdência. É o futuro deles que está em jogo.
Outra coisa – Por que os vereadores não fizeram antes auditoria na Capseci (Caixa de Aposentadorias e Pensões) solicitada pelas entidades representativas dos servidores quando foi dada entrada do projeto de reforma da Previdência Municipal?
Os servidores pagarão a conta depois da aprovação desta polêmica reforma. Mas o prefeito e os vereadores verão o custo político nas respectivas campanhas pela reeleição. Teremos uma casa totalmente renovada nas próximas eleições?

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