No próximo pleito, os cianortenses elegerão seus vereadores. “Isso mexe com o cenário e traz a possibilidade de estimular novos players a participar do processo”. Apesar disso, temos a possibilidade de atrair também quem já teve mandato como vereador na cidade e hoje está sem.
Historicamente, há uma tendência de se buscar novos nomes na Câmara e se analisarmos as ultimas eleições 90% do percentual de renovação aconteceu.
Justamente por isso, nas ruas o comentário é de que, só com mais cadeiras disponíveis, aumentariam as chances dos atuais vereadores se reelegerem.
Novos nomes: “Não quer dizer que serão nomes inéditos. Provavelmente, muita gente que já teve mandato e não se reelegeu volta nessa eleição”.
No entanto, lembro ainda que é preciso se atentar para as questões partidárias que podem interferir no processo. Por exemplo: as federações, que agora valem.
Nesse contexto, ainda inserem-se os partidos que perderam o fundo partidário e vão ter que se fundir para ter alguma chance nas eleições. Também é preciso levar em conta que a eleição para Câmara é pulverizada: muitos candidatos para poucas cadeiras. “Voto de vereador é voto de bairro”.
A Câmara de Cianorte, permite a eleição de perfis diferentes, mas todos alinhados com o seu eleitorado. “O pior problema de qualquer politico é não entender quem é seu eleitor e qual é o seu próprio perfil. Quem não entende isso gasta muita energia e acaba não falando com ninguém. Se der tiro pra todo lado, a possibilidade de se perder no meio do caminho é grande”.
Todos os fatores listados acima, somados, devem definir se haverá uma tendência maior de continuidade ou renovação. Justamente por isso, para conseguir se fazer notado no pleito, é preciso considerar todas essas variáveis.
Outro ponto que destaco é o marketing político, alguns candidatos entraram no “segundo tempo” porque herdaram as cadeiras por uma questão jurídica e outros andam perdidos fazendo guerrilhas em redes sociais, e nestas redes dão tiro a todo momento no próprio pé.
Aposto na renovação da Câmara, mas com ressalvas, hoje praticamente 95% os vereadores em mandato estão alinhados com o executivo: “Uma coisa é estar na base do prefeito hoje. Se manter nela neste ano eleitoral é outra coisa. Por mais que o atual prefeito diga ser dono de um estratagema pra inflar sua base a custa de nomeações e reconduções, e claro gastando dinheiro público, isso não dá segurança de que essa base será coesa e apoiará a sua reeleição”.
Lembro ainda que um número vantajoso de vereadores na Câmara, que hoje apoia o executivo, pretendem a reeleição, más ser alinhado e obediente passa longe de uma boa campanha com independência e ideais convincentes para a população que é a matéria prima (voto) do próximo pleito, e que já teve tempo com folga para avaliar os atuais membros da Câmara Municipal em mandato.
“Quando o chefe bater o sino, muita gente vai ter que pensar pra que lado vai. E bater na Prefeitura é vantagem e dá voto, dependendo da avaliação do prefeito atual junto à grande massa e não só na classe dominante e "amiga"". Essas eleições municipais de 2024, além de grande número de candidatos, teremos muitas conversas paralelas e muitos arranjos que só serão cumpridos o "tamo junto" até outubro deste ano, passadas as eleições 24 horas depois do resultado é "cada um pro seu lado" e tchau muito obrigado!!
Mentira? Vejam o que aconteceu de 1 de Janeiro de 2021 até o dia de hoje no meio político municipal.
Para quem pensa em se candidatar nas próximas eleições, já é o momento de “virar a chave”, uma vez que o cenário está sendo posto agora.
“A campanha não começa em março. Quem fizer isso está descartado do processo. É impossível alguém acordar quase no meio do ano em 2024 e decidir ser candidato. Quer apostar na sorte? Tenta a Mega Sena”.
O momento é de amplificar a visibilidade de um aspirante a vereador ou um já vereador obediente ao sistema político local. “Já deveria ter começado. Quem não é visto não é lembrado. Num contexto de uma "rama" de candidatos, é muito difícil ganhar notoriedade”.
Além disso, presença constante nas redes sociais e a proximidade com lideranças de bairros, participando do cotidiano das comunidades, também são ações importantes. “Eleição municipal é muito difícil. Se não conseguir estabelecer uma base consistente, não tem chance de vitória”.
“Os partidos não fizeram o seu papel de dar a mínima segurança pro postulante que venceu nas urnas passadas”, em 2024 vai estar todo mundo mais atento às questões legais.
“Mesmo assim, tem que se montar chapas competitivas dentro da regra. 50% da eleição é a montagem da chapa”.
“O eleitor cada vez mais se pergunta: porque eu vou votar nessa pessoa?”.
Lembro ainda que hoje mais que nunca, campanha de vereador conta com dois “erres”: rua e redes sociais. “A TV não tem peso. Nem tem espaço pra tantos candidatos”, explicou. Nas plataformas digitais, a dica é criar uma audiência definindo bandeiras, com pautas de relevância.
E uma coisa é garantida: seguidor é diferente de eleitor. ” Não adianta criar uma estratégia só pra ter like e aumentar número de seguidores se uma pessoa não consegue transformar o cara da curtida em alguém que acredita na sua causa”.
Outro detalhe importante e um GRANDE ERRO! Os que pretendem se candidatar para vereador em Cianorte, insistem em fazer "guerrilha" em grupos de WhatsApp e nas redes sociais, preferem mais falar da vida de terceiros que expor suas reais propostas e ideias políticas, e o povo responde com muito desprezo, os "bocudos" geralmente tem uma quantidade de votos que não passa do número de pessoas que reside em sua própria casa, e olhe lá!!
Mais um detalhe importante que não pode ser esquecido nunca! Em Cianorte, candidato a vereador depois que se torna vereador (caso seja eleito) ou entra no sistema ou o sistema lhe tira para fora, exemplo prático, é que as bruxas da cassação de vereadores vivem voando em suas vassouras aladas entre a Casa de Vidro e Câmara Municipal, tudo em nome da moral e da democracia política local...
