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Bolsonaro entregará passaporte e cumprirá ordem de não manter contato com investigados

Créditos : G1


O advogado Fábio Wajngarten, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse nesta quinta-feira (8) que Bolsonaro vai entregar o passaporte após a operação da Polícia Federal que mira o ex-presidente, ex-ministros e militares, por tentativa de golpe de Estado.


A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na decisão, ele determinou a entrega do passaporte de Bolsonaro e o proibiu de manter contato com outros investigados. Segundo Wajngarten, as duas medidas serão cumpridas.



"Em cumprimento às decisões de hoje, o Presidente Jair Bolsonaro entregará o passaporte às autoridades competentes. Já determinou que seu auxiliar direto, que foi alvo da mesma decisão, que se encontrava em Mambucaba, retorne para sua casa em Brasília, atendendo a ordem de não manter contato com os demais investigados", escreveu em uma rede social.


O auxiliar citado por Wajngarten é Tércio Arnaud Tomaz, que estava com o ex-presidente em uma casa em Angra dos Reis (RJ) no momento da operação, e também é investigado. Ele teve o celular apreendido.


Ao todo, a PF cumpre 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Há ainda medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados, retenção de passaportes e destituição de cargos públicos.

Segundo a Polícia Federal, o grupo é investigado por tentar dar um golpe de Estado no país e invalidar as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Foram presos nesta quinta:


  • Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;

  • Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro;

  • Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército.


O coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Netto, alvo do quarto mandado, não foi detido porque está nos Estados Unidos. O mandado de prisão será enviado ao Exército para que notifique o militar.


Os mandados de busca e apreensão atingem:


  1. Valdemar Costa Neto, presidente do PL – partido pelo qual Bolsonaro disputou a reeleição;

  2. Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022;

  3. Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

  4. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública;

  5. general Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército;

  6. almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;

  7. general Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;

  8. Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado "gabinete do ódio";

  9. Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;

  10. Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro;

  11. Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército.

  12. Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército;

  13. Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército expulso após punições disciplinares;

  14. Amauri Feres Saad, advogado citado na CPI dos Atos Golpistas como "mentor intelectual" da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres;

  15. Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército que chegou a ocupar cargo de direção no Ministério da Saúde na gestão Eduardo Pazuello;

  16. Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;

  17. Eder Lindsay Magalhães Balbino, empresário que teria ajudado a montar falso dossiê apontando fraude nas urnas eletrônicas;

  18. Guilherme Marques Almeida, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;

  19. Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército identificado em trocas de mensagens com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Barbosa Cid;

  20. José Eduardo de Oliveira e Silva, padre da diocese de Osasco;

  21. Laércio Virgílio;

  22. Mario Fernandes, comandante que ocupou cargos na Secretaria-Geral e era tido como homem de confiança de Bolsonaro;

  23. Ronald Ferreira de Araújo Júnior, oficial do Exército;

  24. Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, major do Exército.


Segundo a PF, há mandados sendo cumpridos em Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal.


Ainda de acordo com o material divulgado pela PF, o grupo investigado "se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital".


A operação foi chamada pela Polícia Federal de "Tempus Veritatis" – "hora da verdade", em latim.

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