"Qualquer explicação sobre a andropausa precisa começar com o
fato de que ela não existe".
Para o médico Alexandre Hohl, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEm), a chamada "menopausa masculina" é uma "ideia infeliz" já que os homens não passam por um processo parecido com a menopausa das mulheres.
"Biologicamente, o homem tem, sim, uma diminuição progressiva da produção de testosterona, principalmente a partir dos 40 ou 50 anos. Mas se ele for um adulto saudável, provavelmente chegará aos 60, 70 ou até 80 anos com niveis adequados desse hormônio, sem a necessidade de qualquer intervenção ou reposição", esclarece ele.
Mas de onde vem a ideia, então? É que do lado feminino da história, substâncias como o estrogênio deixam de ser produzidas aos poucos, em meados da quinta década de vida.
Neste momento, conhecido como menopausa, a mulher deixa de ovular e menstruar, o que impossibilita uma gestação pelos meios naturais.
Entre os homens, porém, não ocorre um processo parecido. A testosterona, o hormônio masculino relacionado à fabricação dos espermatozoides, entre
outras funções, costuma seguir uma constante por toda a vida, com pequenas variações, mesmo após os 50, 60 ou 70 anos.
Mas vale uma ponderação: há casos em que, por uma série de fatores, a
queda da testosterona é mais aguda do que o esperado.
Esses quadros, conhecidos como hipogonadismo masculino, têm critérios de diagnóstico e tratamento bem definidos.
Recentemente, as orientações para lidar com a deficiência do hormônio
masculino passaram por uma série de mudanças, com o objetivo de inibir o
consumo excessivo de testosterona como anabolizante, para fins estéticos
em homens ou mulheres.
Na dúvida, pratique atividades físicas, alimente-se de modo saudável preferindo alimentos para descarcar e não desembalar, brba muita água e procure orientação médica.
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