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Foto do escritorWalber Guimarães

Substituição no fim do jogo.

Por Walber Guimarães Junior, engenheiro e diretor da CIA FM.


O cara foi o craque da disputa anterior, mas estava visivelmente sem condições físicas, e talvez mentais, para competir este ano.


Não teria fôlego no final do jogo e a substituição era necessária, mas craque ninguém tira porque ele precisa sinalizar para ser trocado.  E Biden fez isto sob pressão.



Seu time, os Democratas, fizeram a troca natural, devendo entrar a reserva imediata, Kamala que já está em aquecimento a tempos, prevendo esta possibilidade.


Não há como negar que o adversário, Republicanos é favorito. Sua organização tática conservadora agrada muito a torcida atual que aparenta ser maior entre aqueles que tem ingresso para assistir ao jogo.


O craque do time conservador sofreu uma punição recente, mas nada indica que isto atrapalhe o seu rendimento.


Todo este interesse decorre do fato de ser um clássico internacional que acaba interferindo na classificação de equipes de todo o mundo. A vitória de um dos lados pode motivar torcedores em outros estádios a optarem por times semelhantes. Jogo decisivo com transmissão e torcida espalhada por todos os continentes, com chefes de torcida, em cada canto, focados na disputa porque acaba, de alguma forma, interferindo em campeonatos por todo o mundo.


Claro que cada jogo tem seus fatores locais, escalação, contratações de última hora e até as inusitadas uniões de torcidas teoricamente adversárias.


O importante é perceber que, cada vez mais, em todo o mundo, equipes querem ganhar o jogo com recursos extracampo, além dos duelos verbais normais, o tapetão, que atende por nomes diversos, é acionado e juízes extracampo precisam arbitrar as disputas.


Todavia, no campeonato deles, repetido no nosso, a torcida tentou decidir no grito e tudo que se espera é que a civilidade seja mantida e todo e qualquer jogo decidido apenas dentro das quatro linhas.


Lógico que o jogo é sempre importante, mas é só um jogo. Natural que o humor de uma e outra torcida se alternam com resultado, mas a vida segue com praticamente as mesmas variáveis.

Para torcedores, será sempre necessário correr atrás para comprar novos ingressos e até uniformes da temporada, tudo muito caro, independente de quem ganhe o campeonato.


Pior ainda se resolver brigar, fora ou dentro do estádio, não vai ter alegria, batendo ou apanhando, porque logo à frente tem nova rodada e nenhum jogador ajuda cuidar das feridas.


Importante registrar que os atletas até perdem, mas para eles sempre tem solução. Podem até vender o passe e mudar de time e, caso se mantenham fiéis, serão também ouvidos para ajuste de regras das próximas disputas.


A torcida quase nem percebe, mas os derrotados são sempre os que estão fora de campo, parece incrível, mas a federação paga até para os derrotados, usando parte da bilheteria arrecadada por nós.


Lógico que escolho o meu time, torço loucamente e até xingo o juiz, faz parte da nossa cultura, mas, como uma parcela cada vez menor da população, já aprendi que é apenas um jogo que até interfere, mas não causa maiores impactos na minha vida. Preciso continuar trabalhando e lutando as mesmas batalhas e, sem juízo, apenas reduzirei os parceiros que dividem a caminhada comigo.


Craques e capitães do time podem até se esforçar pela torcida, mas quando vencem medalhas e gratificações são apenas deles.


Por aqui, apenas disputas municipais este ano. Sei que se conselho fosse bom seria vendido, mas a título de sugestão, torça para o teu time e não priorize xingar juiz ou o adversário porque isto não ajuda nada.


Parece estranho, mas se o time estiver mandando muito mal, não se acanhe, troque de time.


Não pode? Quem falou? Todo dia tem gente trocando de carro, de bairro, de cidade, de religião e até de marido ou mulher, qual problema de mudar de time?

 

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