Por Christina Faggion Vinholo, teóloga, especialista em AT e NT
Essa pergunta acompanha a humanidade desde os tempos mais remotos. Filósofos, cientistas e teólogos debatem sobre essa questão, mas, independentemente das opiniões humanas, a realidade de Deus não depende da nossa crença. Ele existe, quer as pessoas aceitem ou não. Podemos ver Sua existência revelada na criação, na história e, principalmente, na Sua Palavra, a Bíblia.
A criação testemunha sobre Deus. O salmista escreveu: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos.” (Salmo 19:1). O universo possui uma ordem tão complexa que é impossível que tenha surgido do acaso. A ciência moderna confirma que as leis que governam o cosmos são extremamente precisas.
A complexidade do DNA, a exatidão das constantes físicas e a sintonia perfeita entre os elementos que permitem a vida na Terra são evidências de um Criador. O apóstolo Paulo reforça essa verdade ao dizer que os atributos invisíveis de Deus podem ser claramente reconhecidos por meio da criação (Romanos 1:20). A natureza não apenas aponta para Deus, mas também condena a incredulidade. Quem rejeita a existência de Deus o faz não por falta de evidências, mas porque resiste à verdade que está diante de seus olhos.
A história também confirma a existência de Deus. O povo de Israel é um exemplo vivo disso. Desde Abraão, Deus fez promessas an Israel e, apesar de perseguições, exílios e tentativas de destruição, esse povo continua existindo, exatamente como predito nas Escrituras.
Além disso, o maior marco da história da humanidade é a vinda de Jesus Cristo. Sua existência é um fato histórico amplamente documentado, não apenas pelos evangelhos, mas também por historiadores como Flávio Josefo e Tácito. Jesus realizou milagres, ensinou com autoridade e ressuscitou dos mortos, provando ser Deus.
A Bíblia não apenas afirma a existência de Deus, mas O revela como um Deus pessoal, que se relaciona com Sua criação. Desde o Gênesis até o Apocalipse, vemos um Deus que age, fala e intervém na história. “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” (Gênesis 1:1). A Bíblia não tenta provar que Deus existe — ela parte do pressuposto de que Sua existência é uma realidade inquestionável. Mais do que isso, ela nos convida a conhecê-Lo e a ter um relacionamento com Ele.
Diante dessas verdades, podemos refletir sobre uma realidade inescapável: se Deus existe e eu não creio Nele, perco tudo. A Bíblia é clara ao afirmar que aqueles que rejeitam Deus estarão eternamente separados Dele. “Quem nele crê não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (João 3:18). Agora, se Deus não existe e eu não creio Nele, não perco nada — minha vida simplesmente termina e nada há além disso. Mas se Deus existe e eu creio Nele, ganho tudo. Jesus prometeu vida eterna àqueles que creem: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.” (João 11:25).
Dessa forma, a grande questão não é apenas se Deus existe, mas qual será a nossa resposta a essa realidade. Se Ele não existe, a fé não traz prejuízo algum. Mas se Ele existe, a descrença pode custar tudo. Não é apenas uma questão filosófica ou teológica, mas a escolha mais importante que qualquer ser humano pode fazer. Deus existe, quer os homens creiam ou não. A criação, a história e a Bíblia testificam essa verdade. Mas Ele não deseja apenas que reconheçamos Sua existência, e sim que O busquemos e nos rendamos a Ele. “E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jeremias 29:13). A grande questão não é g Deus existe, mas se estamos dispostos a conhecê-Lo e a nos render à Sua verdade.
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