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Será mesmo que parlamentares de direita zelam pelas famílias, a liberdade, o direito à vida e a democracia?

Foto do escritor: Marcio NolascoMarcio Nolasco

Por: Marcio Nolasco - Analista de Políticas Públicas - Enap


Cada pessoa tem seu modo de pensar, e isso é individual de cada ser humano... Porém quando se trata da vida de uma pessoa e seu direito de viver assim como o meu direito à vida e o seu, neste momento não podemos pensar em direita ou esquerda, temos que nos comprometer com a fé e seguir as palavras de Deus, este, que muitos só e só, dizem que seguem... e praticam a pior das mentiras, mentem para si mesmos.


Repito, se você é um deputado federal e prega Deus, Família, Pátria, Liberdade, Direito à vida e Democracia então você não poderia votar para liberdade de um assassino que comprovadamente por todas as instituições de justiça municipal, estadual e federal lhe foi atribuído ser o mandante da morte de uma mulher, um outro ser humano, nada no mundo e nas leis do Deus que esse agora parlamentar sem partido diz seguir lhe dão o direito, dele ou de qualquer outra pessoa no planeta terra de ceifar uma vida ou o direito à vida...


Desta forma, vimos a votação na Câmara dos Deputados Federais, na capital federal, onde os nobres foram decidir via voto direto se mantinham a prisão do agora deputado assassino Chiquinho Brazão, ou o liberavam para liberdade com gozo de mordomias, a liberdade a ser dada para um assassino (se dizia ser um homem de Deus).


Maior bancada de direita orienta seus deputados para votarem pela liberdade de Brazão.


Votos pela continuidade da prisão:


Ao todo, apenas 41 deputados federais do PL (Partido Liberal), do União Brasil e do PP (Progressistas) votaram pela permanência de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ, foi expulso do União Brasil) na prisão nesta 4ª feira (10.abr.2024).


Em proporção com os votos internos de cada sigla, o PP de Arthur Lira e Ciro Nogueira é o que apresentou a maior quantidade favorável à manutenção da prisão (ou seja para o assassino continuar preso), foram 36% dos integrantes presentes do partido, o equivalente a 18 votos.


O União Brasil vem em seguida, com 28%, ou 16 votos. O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem a menor quantidade: 7% (7 votos a favor)...


Com um placar de 277 votos a 129, além de 28 abstenções, a Casa Baixa decidiu nesta 4ª feira (10.abr.2024) pela manutenção da prisão de Brazão - continuar preso. A margem terminou apertada, ao se considerar que a aprovação demandava, no mínimo, 257 votos. Uma vergonha nacional e uma hipocrisia, na verdade teríamos que ter a maioria, quase que unanime a votação contra a liberdade de Brazão, mandante com provas cabais de sua responsabilidade pela morte de Marielle Franco.


Ao geral, foram:


  • 277 votos "sim"; para manter a prisão.

  • 129 votos "não"; para não manter Brazão preso, (maioria da bancada da direita).

A expectativa era de que a principal dificuldade partisse de partidos de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Enquanto União Brasil, PP e Republicanos liberaram suas bancadas para votar como desejassem, o PL orientou os deputados a votarem contra a continuidade da prisão de Brazão, seguindo o corporativismo e o interesse "do sistema", Deus, Família, Liberdade, Direito à vida ficaram tudo para outro momento...


Câmara com votos apertados mantém Chiquinho Brazão na cadeia.


No placar final, o PL reuniu somente 7 votos favoráveis à prisão, 71 contrários à prisão e 17 abstenções. O PP, por sua vez, contou com 18 favoráveis, 10 contrários e 22 abstenções. No União, foram 16 favoráveis, 22 contrários e 20 abstenções.


Eis a lista de deputados do PL, PP e União Brasil que foram favoráveis à prisão de Chiquinho Brazão. Ou seja APENAS ESTES queriam o assassino na cadeia por ter tirado a vida de uma mulher, vejam os nomes:


Partido Liberal 


Antonio Carlos R. (PL-SP);

Delegado Caveira (PL-PA);

Junior Lourenço (PL-MA);

Roberto Monteiro (PL-RJ);

Robinson Faria (PL-RN);

Rosana Valle (PL-SP);

Silvia Cristina (PL-SP).


União Brasil 


Alfredo Gaspar (União-AL);

Benes Leocádio (União-RN);

Cristiane Lopes (União-RO);

Dayany Bittencourt (União-CE);

Del. Matheus L. (União-PR);

Dr. Benjamim (União-MA);

Fabio Schiochet (União-SC);

Felipe Francischini (União-PR);

Fernando Coelho (União-PE);

Geraldo Mendes (União-PR);

Gisela Simona (União-MT);

Kim Kataguiri (União-SP);

Lebrão (União-RO);

Maurício Carvalho (União-RO);

Pedro Lucas F. (União-MA);

Silvye Alves (União-GO);


Progressistas 


Afonso Hamm (PP-RS);

Aguinaldo Ribeiro (PP-PB);

Amanda Gentil (PP-MA):

Claudio Cajado (PP-BA);

Coronel Telhada (PP-SP);

Daniel Barbosa (PP-AL);

Fausto Pinato (PP-SP);

Fernando Monteiro (PP-PE);

Gerlen Diniz (PP-AC);

José Nelto (PP-GO);

Marcelo Queiroz (PP-RJ);

Mauricio Neves (PP-SP);

Mersinho Lucena (PP-PB);

Mário Negromonte J (PP-BA);

Socorro Neri (PP-AC);

Toninho Wandscheer (PP-PR);

Zezinho Barbary (PP-AC);

Átila Lira (PP-PI).


Fica a indignação e se mostram as faces verdadeiras dos deputados que defendem como já dito neste artigo e agora com votos comprovados por eles mesmos, que, defender a família, Deus, pátria, direito a vida e liberdade é só uma conversa fiada e um fiasco, o importante é o corporativismo político e os interesses do grupo, mesmo que a vida de uma mulher (um ser humano) foi ceifada apenas por interesses pessoais. Os nobres deputados se revelaram serem bons homens de palavras e doentes mentais na prática de seus atos. Uma vergonha, uma tragédia moral nacional para quem representa a sociedade.


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