Por Paulo Tertulino - Blogueiro
"que foi que eu fiz..."
A expressão “pior a emenda que o soneto” significa “tentar arrumar algo e deixar pior do que estava”. Assim pode ser resumida a tal “Carta à Nação” divulgada por Bolsonaro na noite desta quinta-feira. Escrita por quem? Pelo ex-presidente Temer.
As redes sociais estão abarrotadas de mensagens de bolsonaristas raiz. Gente que confessa ter brigado com toda a família para defender o despresidente e assim ele o é mais que nunca.
Bolsonaro cativou uma militância com discurso ultrarradical pregando intervenção militar, fechamento do STF e congresso nacional, além da volta do voto impresso.
A gota d’água veio nos discursos de 7 de Setembro. Ele, Bolsonaro, não só ultrapassou as quatro linhas (como gostava de falar) dos limites constitucionais, como atacou feroz e violentamente os valores morais de ministros e de várias outras autoridades de expressão nacional.
Dois dias depois “peidou na farofa” como diz um conhecido humorista nas redes sociais. Ao se ajoelhar implorando por perdão pelos impropérios tresloucados que verberou em praça pública, alegando que foi durante o “calor de momento” à luz do momento não justifica.
Para resumir – Jogue uma taça de cristal ao chão. Por óbvio vai estilhaçar. Depois tente recolher cada pedacinho por menor que seja. Impossível, não é?
O que o Bolsonaro fez foi trair sua fiel militância para salvar a própria pele. Ele caiu na real como diz a juventude. Percebeu que seu discurso feroz apressaria o andamento de centenas de pedidos de sua destituição que dormitam em gavetas do Congresso. E perdendo a cadeira mais importante do País consequentemente seria preso.
A partir desta sexta-feira (10) Bolsonaro e sua militância de terríveis gorilas a micos leões dourados estão fora do processo democrático. E falando em mico leão esta espécie de macaquinhos está em risco de extinção nas florestas brasileiras.
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