O déficit habitacional, índice que mede a quantidade de famílias que vivem em condições precárias, em coabitação, com muitas pessoas no mesmo imóvel ou que precisam destinar mais de 40% da renda para pagar o aluguel é de 5,876 milhões de moradias.
Isso significa que, no Brasil, mesmo aqueles que têm um local para morar, não vivem em condições adequadas.
Os dados são referentes a uma pesquisa da Fundação João Pinheiro, ainda antes da pandemia, portanto os números podem ser maiores na atualidade, e lembre-se, temos que resolver o problema agora, e não fantasiar um futuro ainda incerto.
Embora algumas pessoas pensem que esta situação não lhe diz respeito, isso não é bem verdade.
A falta de um local adequado para viver impacta a sociedade e traz uma série de questões para a vida de todos. Por isso, abaixo listamos uma série de problemas gerados por conta do déficit habitacional do Brasil e também em nossa cidade.
Falta de infraestrutura
A construção de moradias precárias ou muito desconfortáveis é um problema que reflete a falta de infraestrutura porque o crescimento de qualquer cidade exige a expansão de todo serviço público, como distribuição de água, rede de esgoto, energia elétrica, pavimentação, entre outros.
No entanto, estas moradias são desprovidas destes serviços. Além disso, geralmente, estão localizadas em áreas de risco, ou afastadas de escolas e postos de saúde; mercados e principalmente das áreas centrais dos municípios, onde tudo se centraliza, tampouco contam com segurança pública e policiamento.
Sobrecarga da saúde pública
A falta de moradia digna impacta diretamente na saúde da população, uma vez que o acesso à água, higiene e saneamento básico são fatores essenciais no controle de algumas doenças. É um protocolo de saúde para combater a COVID-19, por exemplo, lavar as mãos com frequência. No entanto, muitas pessoas não o podem fazer e se tornam mais suscetíveis ao vírus e outras doenças.
Atraso na educação
A marginalização sofrida pelas famílias que vivem em situação precária é também um problema de educação, uma vez que as crianças têm menos acesso às escolas e, por consequência, menos oportunidades de crescimento futuro.
Aumento da desigualdade
Se educação é um fator que determina sucesso profissional e, portanto, crescimento social, viver em condições precárias impede que isso aconteça e contribui para o aumento e a perpetuação da desigualdade no país, e a desigualdade em nossa cidade, que não foge da regra.
Então, se queremos diminuir a desigualdade e construir um país mais justo e uma Cianorte mais digna para a população, com oportunidades para todos, pensar em moradia digna é o primeiro passo, e não em casinhas de 40 m2 para uma família com pai, mãe e dois filhos por exemplo, o número de pessoas por famílias é bem maior em média.
Viver em um local seguro, tendo acesso aos mesmos direitos de toda população, é o sonho de quem hoje enfrenta a precariedade social.
Por isso, devemos desenvolver projetos de construção e melhorias habitacionais com o intuito de promover o acesso à água, saneamento básico e higiene a quem precisa, emprego e educação, cuidar do fundamental sem fantasiar a realidade.
Dessa forma, estas pessoas podem viver com dignidade, saúde e autoestima, essenciais para seu crescimento como cidadãos de bem.
Quer nos ajudar a lidar com os problemas gerados pela falta de moradia e diminuir os índices de déficit habitacional em nosso município?
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