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Foto do escritorGedeon Lidório

O deserto na vida do cristão: descubra como as adversidades podem ser momentos de profundo crescimento espiritual e renovação

"Deus não se agradou da maioria dele e eles ficaram prostrados no deserto"

(1 Coríntios 10.5)

 

Uma viagem de quase 300 quilômetros, que duraria em média 20 dias caminhando a pé, entre o nordeste do Egito até chegar à terra de Canaã, foi transforma em uma viagem não linear que durou nada menos que 40 anos para o povo de Israel. Mais de 14 mil dias. Daria para ir (nesse período) 730 vezes até Canaã. 



Penso que há pelo menos 4 razões para o povo ser levado pelo caminho mais longo: 1) Preparação e Proteção - Deus sabia que uma rota mais curta através da terra dos filisteus levaria o povo a confrontar-se com inimigos poderosos imediatamente após a saída do Egito. Dada a condição mental e emocional dos israelitas após anos de escravidão, eles poderiam desanimar diante da perspectiva de guerra e querer retornar ao Egito (Êxodo 13:17-18); 2) Dependência e Relacionamento com Deus - o caminho mais longo no deserto proporcionou ao povo de Israel uma oportunidade de desenvolver sua dependência e confiança em Deus (Deuteronômio 8:2-5); 3) Purificação e Disciplina - o tempo no deserto também serviu como um período de purificação e disciplina para a nação de Israel (Números 14:29-35)  e 4) Propósito de Aliança - o deserto foi o cenário onde Deus estabeleceu a Aliança Sinaítica com Israel, dando-lhes a Lei (Torá) através de Moisés no Monte Sinai (Êxodo 19:1-6 e Êxodo 20:1-17).

 

Durante os 40 anos, porém, todos os que saíram do Egito pereceram no deserto. Inclusive Moisés. Somente Josué e Calebe (e suas famílias), do que saíram do Egito, entraram na Terra Prometida.

 

O apóstolo Paulo, quando se refere a esta história, no livro de 1 Coríntios, nos dá uma imagem de uma estrada e ao longo desse caminho há corpos espalhados, prostados, mortos no meio do deserto.

 

Que imagem assustadora! Um caminho no deserto, ladeado por pessoas caídas, mortas, prostradas. Imagine um vasto deserto, árido e implacável, onde a areia quente se estende até onde os olhos podem ver. O sol brilha implacavelmente, sem uma nuvem no céu para oferecer alívio a não ser da ação de Deus em ser uma coluna para o povo no meio do nada. Neste cenário desolador, há um caminho estreito. Ao longo deste caminho, em ambos os lados, estão pessoas caídas, mortas, prostradas no calor sufocante. Elas parecem ter desistido, sucumbido às adversidades da vida no deserto. Algumas jazem imóveis, enquanto outras ainda lutam, sem forças, tentando se levantar. Eles desistiram.

 

Essa imagem é terrível, mas também profundamente simbólica. Ela representa aqueles que, em suas vidas, se encontram prostrados, derrotados pelos desafios e tribulações. Esses desertos podem ser guerras internas e externas, conflitos familiares, crises de desemprego, doenças devastadoras ou a perda de entes queridos. São momentos em que a vida parece sem esperança e Deus parece distante.

 

Imagine-se olhando para dentro de si mesmo, enfrentando a verdade nua e crua de sua própria condição espiritual. Você sente que está avançando, mesmo em meio às dificuldades, ou se vê estagnado, preso em um ciclo de dúvidas e desesperança? A diferença entre caminhar com confiança e estar prostrado no deserto pode ser a diferença entre viver uma vida plena em Deus ou uma existência marcada pela incerteza e pelo medo.

 

Se você se sente perdido, sem rumo, é hora de fazer uma pausa e refletir profundamente. Pergunte-se: “O que está me impedindo de seguir em frente? Quais são os pesos que me mantêm prostrado no deserto?” Você está disposto a abandonar as dúvidas que o mantêm preso? Pode confiar que, mesmo no deserto, Deus tem um propósito para cada passo seu?

 

Escrevi um livro (ebook) onde trato deste tema de forma mais detalhada. Se desejar saber mais sobre isso e como o deserto na vida do cristão tem grandes propósitos de Deus, clique aqui e adquira agora mesmo (https://teoeduca.com.br/ebook-o-deserto-na-vida-do-cristao/).

 

 

Gedeon Lidório

Instagram: @gedeonlidorio

 

 

 

 

 

 

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Nota do editor: os textos, fotos, vídeos, tabelas e outros materiais iconográficos publicados nos espaços “colunas” não refletem necessariamente o pensamento do bisbilhoteiro.com.br, sendo de total responsabilidade do(s) autor(es) as informações, juízos de valor e conceitos divulgados.