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Intolerância Religiosa: Dois Pesos e Duas Medidas

Por Christina Faggion Vinholo, teóloga, especialista em At e NT.


Vivemos em tempos nos quais a palavra “tolerância” tem sido amplamente usada, mas nem sempre de forma justa e coerente. O caso recente envolvendo a cantora Claudia Leitte, que substituiu uma referência a Iemanjá por uma a Jesus durante uma apresentação, expõe uma realidade preocupante: enquanto certas expressões religiosas são protegidas e celebradas, manifestações de fé cristã são frequentemente alvos de censura e hostilidade.


A seletividade da tolerância não é um fenômeno novo, mas parece se intensificar a cada dia. Enquanto Claudia Leitte enfrenta um processo simplesmente por declarar sua fé, o grupo humorístico “Porta dos Fundos” continua a produzir conteúdos que escarnecem abertamente da figura de Cristo, incluindo cenas de teor sexual envolvendo sua imagem. A grande mídia e setores influentes da sociedade aplaudem tais produções sob o pretexto da liberdade de expressão. No entanto, quando um cristão manifesta sua fé em espaços públicos, rapidamente é acusado de fundamentalismo, fanatismo ou discurso de ódio.


Essa hipocrisia não se limita ao Brasil. Nos Estados Unidos e em diversas partes do mundo ocidental, há um esforço crescente para suprimir qualquer expressão cristã, enquanto se exige respeito absoluto por outras religiões, especialmente o islamismo. A cultura contemporânea prega diversidade, mas na prática, essa diversidade parece ter espaço apenas para o que exclui ou ridiculariza o cristianismo.



Diante desse cenário, a igreja de Cristo precisa, mais do que nunca, resgatar sua voz profética. A verdadeira profecia bíblica não é caracterizada por previsões místicas, mas pela proclamação corajosa da verdade de Deus em meio a uma sociedade que prefere ouvir o que agrada aos ouvidos. O silêncio não pode ser uma opção para aqueles que foram chamados para ser luz do mundo e sal da terra (Mt 5:13-16).


O temor às retaliações tem levado muitos cristãos a adotarem uma postura passiva, mas o evangelho nunca chamou seus seguidores para a neutralidade. A cruz de Cristo é, por natureza, ofensiva para o mundo (1Co 1:18), pois confronta a soberba humana e expõe a necessidade de arrependimento. A igreja primitiva enfrentou perseguições não por incitar violência ou ódio, mas simplesmente por proclamar que “Jesus Cristo é o Senhor” (At 4:12). Se os cristãos do primeiro século não cederam, por que deveríamos ceder agora?


A história da fé cristã é marcada por homens e mulheres que, mesmo diante de pressões extremas, permaneceram fiéis ao evangelho. Hoje, a luta não é contra leões no Coliseu, mas contra a tentativa de reprimir a fé por meio de processos judiciais, cancelamentos sociais e censura cultural. No entanto, a verdade de Cristo não pode ser silenciada.


Não estamos sozinhos nessa batalha. O Senhor continua a governar soberanamente sobre todas as coisas, e Seu reino não será abalado (Hb 12:28). Cabe a nós, como igreja, permanecermos firmes, sem medo das consequências terrenas, sabendo que nosso chamado não é para agradar aos homens, mas para glorificar a Deus (Gl 1:10). Se a sociedade se incomoda com a simples menção ao nome de Jesus, que seja porque O proclamamos com ousadia e fidelidade.



Instagram: @chrisvinholo

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