Cenário: Colégio Cívico Militar Duque de Caxias, em Maringá, no Noroeste do Paraná, em uma distópica era apocalíptica. Missão: defender a escola de um ataque zumbi, no qual o jogador ou o “salvador” precisa enfrentar uma série de obstáculos, entre eles, tremores de terra. Essa história "existe" e se passa no ambiente virtual, dentro de um jogo criado por um grupo de alunos do 8º ano do ensino fundamental da escola.
O projeto começou em setembro de 2023 e envolveu a reprodução de espaços da instituição, como salas de aula, pátio e corredores, no Roblox Estúdio, que possui ferramentas gratuitas para a criação de jogos e incentiva os usuários a desenvolverem as próprias criações de maneira simples e direta em computadores, aparelhos móveis e alguns modelos de videogames.
O jogo foi concebido pelos alunos Vitor Guilherme, Erick, Andrew e Leonel dentro de uma disciplina cada vez mais utilizada na rede estadual, que é o pensamento computacional. Segundo os garotos, que têm média de 13 anos, o objetivo era desenvolver um jogo que proporcionasse uma experiência imersiva dentro da escola.
Tudo começou com o grupo fotografando as diferentes áreas da escola. As imagens serviram como referência para a reprodução no ambiente virtual, garantindo autenticidade e reconhecimento dos cenários. Depois foram incluídos os elementos narrativos similares a "Walking Dead". O processo também envolveu diversas interações, nas quais o jogo foi sendo refinado, o que garantiu a melhoria contínua e correção de eventuais desafios encontrados durante a implementação.
O professor da disciplina de pensamento computacional se surpreendeu com o resultado. “Fiquei impressionado quando eles me mostraram como o jogo ia surgindo no ambiente virtual”, conta Felipe Magalhães de Aguiar. “Em sala de aula, sempre busquei promover a colaboração entre os alunos ao incentivar o trabalho em pares. O objetivo central era compreender algoritmos, dando 'vida' e movimento aos personagens, o que pode ter despertado um interesse ainda maior dos estudantes”.
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