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Como a igreja pode ser portadora de esperança?

Em tempos de incerteza e turbulência, a igreja é chamada a algo maior do que simplesmente oferecer consolo: ela é chamada a ser um canal ativo de esperança. Mas o que isso significa na prática? Como a igreja pode realmente ser esse farol em um mundo cheio de confusão, medo e desespero?

 

A verdadeira força da igreja reside no fato de que a esperança que ela carrega não é natural. Ela nasce, muitas vezes, em lugares improváveis: no meio do sofrimento, na escuridão mais densa. O apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios, expressa essa realidade de maneira forte: “Temos este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2 Coríntios 4:7). A igreja é como um vaso de barro, frágil, imperfeita, mas carregando uma mensagem que brilha mais intensamente em tempos de crise.

 


A esperança que a igreja oferece não depende das circunstâncias externas; ela floresce apesar delas. Isso é algo que o mundo não compreende. Quando tudo está caótico, a igreja pode mostrar, pelo seu exemplo, que a esperança verdadeira é enraizada em Cristo — e não nas soluções temporárias que o mundo oferece.

 

Ser portadora de esperança muitas vezes requer coragem criativa. Não se trata apenas de "esperar passivamente" que as coisas melhorem ou orar para que o sofrimento acabe. Em Atos 4, a igreja primitiva é perseguida, e ao invés de pedir a Deus que removesse o perigo, eles oraram por ousadia para continuar proclamando a Palavra (Atos 4:29-31). Esse tipo de ousadia é o que faz da igreja um agente transformador. Em tempos de crise, ela deve encontrar novas formas de se conectar, de servir e de trazer luz aos que estão na escuridão.

 

A igreja de hoje pode e deve fazer o mesmo. Desde pequenos atos de bondade até grandes iniciativas de solidariedade, o testemunho de esperança não é apenas falado — é visto e quando isso é feito junto com a pregação do Evangelho, o poder transformador da Palavra de Deus, que é Jesus, atua de forma maravilhosa. Quando comunidades se unem para ajudar seus membros mais vulneráveis, quando há um espírito de generosidade em ação, o Evangelho se torna palpável. Assim como Tiago nos lembra: "A fé sem obras é morta" (Tiago 2:17). A igreja deve ser um movimento de ações e não apenas de palavras.

 

A igreja é chamada a ser um refúgio para aqueles que não a conhecem, ou que até mesmo a evitam. Em vez de se fechar sobre si mesma, a igreja pode criar espaços onde aqueles que estão em desespero — independentemente de sua fé ou história — sintam que pertencem. Isso requer uma inclusividade radical, que vai além de preferências culturais ou dogmas. Jesus chamou todos os tipos de pessoas, desde pescadores até coletores de impostos e zelotes, para se juntarem a Ele em Seu ministério. A igreja, como corpo de Cristo, deve seguir esse exemplo, afinal, como o próprio Senhor falou: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; eu não vim chamar os justos, mas os pecadores." (Marcos 2:17).

 

Um aspecto prático dessa abertura está em ser um lugar de cura emocional e acolhimento genuíno. Quando alguém entra pela porta, carregado de medo, dúvida ou dor, ele deve encontrar uma comunidade pronta para caminhar junto. A verdadeira esperança nasce não apenas de palavras, mas de relacionamentos profundos e autênticos. Gálatas 6:2 nos exorta a "levar as cargas uns dos outros" e, ao fazer isso, cumprimos a lei de Cristo.

 

A igreja, enquanto instituição, tem a responsabilidade de modelar a resiliência. Crises podem testar a fé de uma comunidade, mas também são oportunidades de crescimento. Jesus nos disse: “No mundo tereis aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33). É assim que a igreja se torna um exemplo para o mundo de como a fé em Cristo permite enfrentar a adversidade com coragem e esperança renovada.

 

O testemunho da igreja não é a ausência de crises, mas como ela responde a elas. Ao longo da história, a igreja tem sobrevivido a perseguições, desastres naturais e divisões internas, emergindo mais forte não porque as crises desapareceram, mas porque a esperança em Cristo permaneceu constante.

 

Ser portadora de esperança significa que a igreja é ativa, criativa e corajosa, pronta para agir quando o mundo está em desordem. Significa que ela abraça o estranho, oferece refúgio ao aflito e caminha com aqueles que estão sobrecarregados. Essa esperança não é baseada em otimismos temporários, mas está enraizada na vitória eterna de Cristo. Ao ser essa luz para o mundo, a igreja cumpre seu chamado mais essencial: ser um reflexo do amor e da esperança de Deus em tempos de crise.

 

Que Jesus nos ajude a ser esta igreja!

 

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Pr. Gedeon Lidório

Instagram: @gedeonlidorio

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Nota do editor: os textos, fotos, vídeos, tabelas e outros materiais iconográficos publicados nos espaços “colunas” não refletem necessariamente o pensamento do bisbilhoteiro.com.br, sendo de total responsabilidade do(s) autor(es) as informações, juízos de valor e conceitos divulgados.