O aeroporto disse que o pessoal de emergência estava a responder a "um incidente com uma aeronave no aeródromo".
*Com parceria EuroNews Internacional
Um avião com 60 passageiros e quatro membros da tripulação a bordo colidiu com um helicóptero do exército dos EUA quando aterrava no Aeroporto Nacional Ronald Reagan, perto de Washington, nos EUA, dando origem a uma vasta operação de busca e salvamento no rio Potomac, nas proximidades.
Todas as descolagens e aterragens no aeroporto foram interrompidas enquanto helicópteros das forças de segurança de toda a região sobrevoavam o local em busca de sobreviventes. Foram lançados barcos de salvamento insufláveis no rio Potomac a partir de um ponto próximo do aeroporto, ao longo da George Washington Parkway.
Não há, por agora, informação oficial sobre vítimas, mas o Washington Post cita fonte policial que avança que vários corpos foram retirados da água. O helicóptero e o avião comercial colidiram sobre o rio, daí as buscas estarem a realizar-se exclusivamente na água. Pelo menos três militares estariam no helicóptero que colidiu com o avião American Eagle da PSA Airlines, companhia subsidiária da American Airlines.
"A nossa preocupação é com os passageiros e a tripulação a bordo do avião.
Estamos em contacto com as autoridades e a auxiliar nos esforços da resposta de emergência", lê-se num comunicado divulgado entretanto pelo CEO da American Airlines, Robert Isom, fornecendo um contacto telefónico que dará informações a quem tiver familiares a bordo.
A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, garantiu que iria utilizar todos os recursos disponíveis da Guarda Costeira dos EUA para os esforços de busca e salvamento.
"Estamos a monitorizar ativamente a situação e estamos prontos para apoiar as equipas de intervenção locais", afirmou Noem numa publicação no X.
A Administração Federal de Aviação disse que o acidente em pleno ar ocorreu pelas 21:00, hora local, (2:00 em Lisboa) quando um avião que tinha partido de Wichita, no Kansas, colidiu com um helicóptero militar num voo de treino quando se aproximava da pista de um aeroporto.
O acidente ocorreu num dos espaços aéreos mais rigorosamente controlados e monitorizados do mundo, a pouco mais de cinco quilómetros a sul da Casa Branca e do Capitólio.
Os investigadores tentarão reconstituir os últimos momentos das aeronaves antes da colisão, incluindo o contacto com os controladores de tráfego aéreo, bem como a perda de altitude do avião de passageiros.
No áudio da torre de controlo de tráfego aéreo na altura do acidente, ouve-se um controlador a perguntar ao helicóptero: "PAT25 tem o CRJ à vista", referindo-se ao avião de passageiros.
"A torre viu aquilo?", ouve-se outro piloto a dizer, segundos depois da aparente colisão.
A torre começou imediatamente a desviar outros aviões do Reagan.
O vídeo de uma câmara de observação no Centro Kennedy, nas proximidades, mostra dois conjuntos de luzes consistentes com aviões que parecem juntar-se numa bola de fogo.
O presidente Donald Trump foi informado, revelou um porta-voz da Casa Branca. Trump comentou entretanto o acidente na plataforma Truth Social: "Porque é que a torre de controlo não disse ao helicóptero o que fazer em vez de perguntar se viram o avião. É uma situação má que aparentemente devia ter sido evitada", escreveu o presidente dos EUA.
O vice-presidente JD Vance encorajou os seguidores na plataforma de media social X a "rezar por todos os envolvidos".
A situação recorda o acidente de um voo da Air Florida que se despenhou no Potomac a 13 de janeiro de 1982, matando 78 pessoas. Esse acidente foi atribuído ao mau tempo.
Comentários