Por Paulo Tertulino - Blogueiro
Voz de menina chorosa, mas atitude de mulher altaneira. Quando a advogada Bruna Morato chegou na CPI da Covid e começou a depor nesta terça-feira (28) quando começou a falar – pensei logo. Deste mato não sai coelho. Enganei-me redondamente.
Representando 12 médicos que ela assegura terem sido coagidos a receitar medicamentos do chamado tratamento precoce, Bruna bateu forte e calou a boca de aliados de Bolsonaro na CPI da Covid.
"Chegou a um ponto tão lamentável, na minha opinião. Esse kit era composto por 8 itens. O plantonista dizia para o paciente: 'Preciso te dar. Se eu não der, sou demitido. Se você for tomar, toma só as vitaminas e proteínas. Os outros [medicamentos], além de não terem eficácia, são muito perigosos'", relatou Bruna Morato.
A advogada é responsável por ajudar médicos a elaborar um dossiê com denúncias envolvendo a Prevent Sênior.
O material compilado por Morato foi entregue à comissão e cita uma série de irregularidades cometidas pelo plano de saúde durante a pandemia de Covid-19 – entre as quais, a ocultação de óbitos pela doença e a prescrição de remédios sem eficácia.
"O objetivo era que as pessoas tivessem a impressão de que existia um tratamento eficaz contra a Covid-19. Eles tinham a intenção de dizer que se as pessoas ficassem doentes elas tinham tratamento, desde que esse tratamento fosse feito. Esse tratamento recebeu nome de tratamento precoce. As pessoas recebiam o kit, tinham que tomar e supostamente estavam salvas de qualquer complicação", disse a advogada.
Mais um passo para pedir a cassação de Bolsonaro ao final do processo, o presidente que criou uma comissão paralela para defender um suposto tratamento precoce que matou brasileiros. E ainda tem quem o defenda...

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