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Tragédia não escolhe endereço.

Por Walber Guimarães Junior, engenheiro civil e diretor da CIA FM.


Todo verão, tão certo quanto as altas temperaturas, chegam as chuvas e, como afirmam todos os especialistas em clima, cada vez serão mais violentas. Será a cada ano mais comum, chuvas com volumes mensais despencarem em pequenas áreas. Cenário perfeito para a tragédia.


Todos podem observar; as cidades estão cada vez mais impermeáveis, cobertas de asfalto e concreto em áreas sempre crescentes. O progresso tem sempre um preço, sem controle, sai muito caro.


Governos e, principalmente prefeituras (claro, as tragédias ocorrem no município!) estão sempre em busca de novas obras; mais praças, mais asfalto e mais loteamentos, cada uma delas implicando em redução contínua de áreas verdes ou, no mínimo, permeáveis. Se a água não tem espaço pra vazão, segue escorrendo com volumes e velocidade crescentes e, em algum momento que sempre chega, com força suficiente para levar tudo que encontra pelo caminho.


Equilíbrio entre desenvolvimento e sustentabilidade, respeito ao meio ambiente, é a única receita coerente e, algumas vezes, significa fazer o que é possível não o que é desejado, ainda que belo ou útil.


Mas a questão é que o meio ambiente raramente cobra faturas à vista; erros cometidos agora, serão cobrados da próxima geração, anos ou décadas à frente. Capitólio e Petrópolis são os exemplos mais recentes, longe de serem os mais trágicos ou de os últimos.


Tenho, reiterada vezes, com algum conhecimento de causa, por conta da minha formação acadêmica, cobrada respeito ao solo e características de Cianorte. Longe de mim a pretensão de afirmar o célebre "eu avisei", embora já o tenha feito na tragédia anunciada do trevo da 323 de acesso ao aeroporto, antecipado por mim no Papo Sério de quatro dias antes.


É muito legal inaugurar obras, colocar placas e entregar belos espaços à sociedade mas é bem melhor se cada uma delas cumprir o ritual; Estudos de Impacto, Relatórios, Audiências Públicas e fiscalização forte sobre cada detalhe.


Ambientalistas não são tóxicos. Quase sempre são cidadãos exemplares que se preocupam com o futuro e se desgastam, no presente, entregando recados nem sempre agradáveis. Ouvi-los é inteligente. Obedecê-los nem sempre é necessário mas dialogar com todos é imprescindível para que o futuro não cobre a fatura, inclusive porque eventuais ilícitos penais estarão cobertos pelo decurso de prazo.


A Natureza é sempre implacável mas nem sempre tem pressa.


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