A sociedade ocidental pós-moderna come demais?
- Christina Faggion Vinholo
- 11 de fev.
- 2 min de leitura
Por Christina Faggion Vinholo
Teóloga, especialista em NT e AT
A maneira como nos alimentamos hoje é muito diferente daquela para a qual fomos criados. Desde o início, Deus nos deu o alimento como sustento, e não apenas para prazer. No entanto, ao longo da história, a alimentação passou por transformações que culminaram em um padrão pós-moderno marcado pelo excesso e pelo consumo desenfreado.

Nos primórdios da humanidade, comer era uma questão de sobrevivência. Não havia horários fixos, e muitas vezes as pessoas passavam longos períodos sem comida, dependendo do que conseguiam caçar, pescar ou colher. Com o surgimento da agricultura, a alimentação ganhou certa regularidade, mas ainda era simples e essencial.
Foi com as grandes civilizações, como a grega e a romana, que a comida passou a ser também um símbolo de prazer e status. Banquetes repletos de fartura começaram a surgir, mas a abundância era privilégio de poucos. Para a maioria, a alimentação continuava voltada à subsistência.
Na Europa medieval, a alimentação se adaptava ao trabalho físico e à luz do dia, com refeições mais espaçadas e modestas. Mas essa estrutura começou a mudar após o Renascimento, quando a comida passou a ocupar um papel ainda mais central na cultura e na organização social.
A maior revolução alimentar, no entanto, ocorreu no século XX. A industrialização trouxe alimentos ultraprocessados e acessíveis, enquanto a ciência nutricional popularizou a ideia de comer de três em três horas. Esse novo hábito, associado ao marketing da indústria alimentícia, criou uma cultura de consumo constante, que se afastou do ritmo alimentar com o qual o corpo humano esteve acostumado por séculos.
Hoje, na sociedade pós-moderna, a abundância de comida contrasta com a escassez do passado. Nunca tivemos tanto acesso a alimentos, mas também nunca estivemos tão propensos a comer em excesso. O ato de se alimentar deixou de ser apenas uma necessidade e se tornou um reflexo de uma cultura voltada para o prazer imediato. O consumo desenfreado, impulsionado pelo estresse, pelo entretenimento e pela busca de conforto, reflete um desequilíbrio que vai além da nutrição: revela uma desconexão com a simplicidade para a qual fomos criados.
Pessoalmente, sou adepta do jejum intermitente porque vejo nele uma forma de resgatar um padrão mais natural e equilibrado, que nos ajuda a enxergar a comida como um dom de Deus, a ser recebido com gratidão e moderação. Além dos benefícios físicos, ele me convida a refletir sobre minha relação com a alimentação e a lembrar que nossa verdadeira saciedade não vem do excesso, mas de Cristo, o pão da vida.
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Oi Pastora... saudades... amei... é bem isso... td é motivo p comemorar, e td acaba em festa.. vivo fazendo regime.. .porém sem resultado... meu filho está o intermitente... perdeu 9 kg em 40 dias. Um abraço , q Deus te abençoe.